Chegar a locais perigosos e de difícil acesso, transportar água de e para locais remotos ou simplesmente mover objectos são algumas das possibilidades apresentadas por um novo drone com braços. O projecto é de uma empresa japonesa, a Prodone, que está a apostar na criação de drones para uso profissional, customizados para o tipo de serviço oferecido por cada empresa interessada.

O site da Prodone tem disponíveis alguns modelos e é possível distinguir as características de cada drone, de acordo com o tipo de utilização para que estão previstos. A diversidade de modelos vai desde drones que aguentam carga de 3,5 quilogramas até aos que suportam 30 (mas sem braços). Os seus propósitos também se alternam entre vigilância, fotografia ou transporte aéreo.

Um vídeo partilhado no YouTube demonstra a performance do modelo PD6B-AW durante o voo. Nas imagens é possível ver o drone a erguer uma cadeira de metal e a transportá-la sobre uma praça. Mais à frente exemplifica como pode ser utilizado para entregar uma bóia de salvamento no meio de um rio ou oceano, facilitando o auxílio e reduzindo o tempo de resposta à situação.

Os braços (ou garras) deste novo modelo foram apresentados na Conferência e Exposição Internacional de Drones, durante a semana passada, em Las Vegas. O drone aguenta uma carga de 20 quilos, durante 30 minutos, a uma velocidade de 60 quilómetros/hora, sem precisar de recarregar baterias.

As vantagens apresentadas pela empresa focam-se na capacidade de substituir a intervenção humana directa em situações que podem colocar em risco a sua vida, ou que não sejam fisicamente possíveis, incluindo a entrega de resíduos perigosos, transportar cargas pesadas para sítios que não sejam acessíveis, percorrendo largas distâncias e a grandes altitudes.

O CEO da empresa, Masakazu Kono, sublinha que a Prodrone está empenhada em ser "pioneira mundial no desenvolvimento de drones adaptáveis a cada tarefa". Kono acredita que o novo modelo de drones com braços "abre todo um mundo de possibilidades".

A Prodone garante também que os drones estão desenhados para resistirem a condições meteorológicas mais adversas, mas não explica, no entanto, como é que o dispositivo irá lidar com a partilha do espaço aéreo com grandes aves como águias e falcões, por exemplo. O que poderá ser um problema, especialmente na Holanda, onde a polícia já anunciou que irá combater os drones “indesejados” que representem um perigo público através de águias.