Cinco minutos sem o Google gerou "enorme" queda no tráfego online

Serviços do Google estiveram indisponíveis no final da noite de sexta-feira, incluindo o motor de busca e o Gmail. Analistas estimam queda de 40% no tráfego global da Internet.

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Analista considera que queda no tráfego demonstra confiança dos utilizadores no Google Darren Staples/Reuters

Exemplo prático da relevância do Google nos dias da Internet: estava sexta-feira a chegar ao fim, os serviços do gigante norte-americano estiveram indisponíveis durantes uns meros cinco minutos, o que resultou no que se estima ser uma perda de 40% do tráfego em toda a rede.

O cálculo é da britânica GoSquared, empresa de análise de dados online, que num curto comunicado ilustrado por um gráfico mostra como o Google desempenha um papel central na vida dos cibernautas – mesmo numa noite de sexta-feira no pino do Verão.

“O Google.com esteve em baixo durante alguns minutos entre as 23h52 e as 23h57 de 16 de Agosto de 2013. Isto teve um impacto enorme no número de páginas vistas (pageviews) registadas pela ferramenta de monitorização em tempo real da GoSquared – uma queda de cerca de 40%”, escreve um dos programadores da empresa britânica, Simon Tabor.

O gráfico que acompanha a nota revela uma queda acentuado no número de pageviews no momento em que os serviços do Google ficaram indisponíveis e depois um pico, quando estes voltaram a funcionar. O que se mostra é a progressão por minuto do tráfego das páginas que a GoSquared acompanha globalmente – que podem, no entanto, não ser representativas de toda a rede.

Tempo que Google passou em baixo

Simon Tabor sublinha que a queda de cerca de 40% “é enorme”. “Como utilizadores da Internet, a nossa confiança no facto de o Google.com estar disponível é enorme.” O programador diz ainda que “também é digno de nota que as pageviews tenham disparado logo depois, quando os utilizadores começaram a conseguir chegar ao seu destino”.

No Twitter, a indisponibilidade do Google gerou intensa actividade. Ao “pânico” que muitos usaram para descrever o momento juntaram-se a sugestão de alternativas e a ironia. Christain Billings, designer na Tapity – empresa que se dedica a criar aplicações para dispositivos da Apple –, foi um dos que brincou com a situação, num tweet que sintetiza o comentário de Tabor: “Pergunto-me quantas pessoas terão verificado a ligação wi-fi [rede sem fios] antes de se aperceberam que o Google estava em baixo”.

Na página em que o Google dá conta do desempenho dos seus serviços, pode ver-se que todos os serviços listados estiveram em baixo na noite de sexta-feira – Gmail, Calendário, Talk, Drive, Docs, Folhas de cálculo, Apresentações, Desenhos, Sites, Grupos, Consola do administrador, Postini, Analytics, Maps, Voice e Blogger.

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