Apple Watch e Apple Pay 30 anos depois do primeiro Macintosh

Novo iPhone 6 terá duas versões mais finas e com ecrãs maiores. Mas a nova estrela da companhia é mesmo o seu novo relógio inteligente.

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“O Apple Watch é dispositivo mais pessoa que alguma vez críamos", disse Tom Cook Justin Sullivan/Getty Images/AFP
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Há 30 anos, Steve Jobs apresentava ao mundo o primeiro Macintosh no Centro de Artes Performativas Flint, em Cupertino, na Califórnia. Esta terça-feira, a empresa voltou a revolucionar o mercado tecnológico com dois iPhones, um sistema de pagamento, o Apple Pay, e o Apple Watch, o produto que marcou claramente a apresentação iniciada por Tim Cook, o presidente executivo da Apple.

iPhone 6 e iPhone 6 Plus. São estes os modelos mais recentes de smartphones apresentados sob o reinado de Tim Cook. Trata-se de aparelhos com ecrãs maiores que o último iPhone 5, mais finos na espessura (6,9 e 7,1 milímetros), com maior resolução e processamento de informação devido ao chip A8. O iPhone 6 tem um ecrã de 4,7 polegadas, 1334 por 750 pixéis. O Plus vem com 5,5 polegadas, 1920 por 1080 pixéis.

Os dois smartphones têm integrado o chip A8, tornando os iPhones 6 50 vezes mais rápidos que o iPhone original, já que o A8 tem uma força de processamento 25% mais rápida. Os sucessores do iPhone 5 têm uma eficiência de energia de mais 50%, o que permite, por exemplo, uma maior resposta dos aparelhos se o utilizador estiver a jogar.

Segundo o vice-presidente para o marketing da Apple, Phil Schiller, que apresentou as características dos dois iPhone 6, estes smartphones tem mais sensores e um barómetro, essencial para as aplicações destinadas ao exercício físico e saúde. Equipados com um co-processador M8 de segunda geração, podem detectar níveis de altitude e distância. Vêm ambos com o sistema operativo iOS 8, que estará disponível para descarregamento a partir de 17 de Setembro. O iOS 8 tem a aplicação Health, que permite agregar toda a informação sobre saúde do utilizador e que é suportada pela plataforma HealthKit, que possibilita a outras empresas integrarem os seus serviços de saúde com o sistema da Apple.

Outra das novidades é a possibilidade de realizar chamadas através de wi-fi, com a Apple a prometer chamadas de grande qualidade quando as condições habituais de ligação do telemóvel são escassas. Os iPhone 6 têm uma câmara fotográfica com 8 megapixéis e um sistema de focagem automática duas vezes mais rápida que o do iPhone 5. Através de um sistema de estabilização de imagem é possível conseguir boas imagens nocturnas e em movimento, isto também para os vídeos.

Com um tamanho maior, os iPhone 6 podem ser manobrados apenas com uma mão e o ecrã permite um teclado maior e uma forma de visualizar as mensagens mais confortável.

O iPhone 6 é lançado no mercado com um preço de 199 dólares para a versão de 16 gigabytes, 399 dólares (46 GB) e 499 dólares (128 GB). As pré-encomendas podem ser feitas a partir da próxima sexta-feira e a 19 de Setembro começa a distribuição nos Estados Unidos e em outros oito países (Canadá, França, Alemanha, Austrália, Hong Kong, Singapura e Japão). A Apple prevê que os iPhones estejam presentes em 115 países, incluindo Portugal, até ao final do ano.

A grande novidade para os iPhone 6 é o sistema de pagamento Apple Pay, que torna as duas versões de smartphone autênticas carteiras móveis, para já, apenas nos Estados Unidos, através do American Express, MasterCard e Visa.

O Apple Pay tem tecnologia NFC (Near Field Communication), que está a ser adoptada como padrão para sistemas de pagamentos móveis, e um sistema de Passbook, onde o utilizador pode armazenar virtualmente todos os cartões de crédito. A utilização é simples: basta colocar o iPhone junto a um terminal de pagamento, confirmar a transacção através do Touch ID e a compra está feita. Caso o utilizador perca o telemóvel, não será necessário cancelar os cartões de crédito. Basta usar o Find My iPhone e suspender os pagamentos para o smartphone.

Apple Watch, tecnologia mais pessoal
A apresentação ganhou outro fôlego quando Tim Cook disse que a Apple “adora tornar a tecnologia mais pessoal” e no grande ecrã no Centro Flint surgiu o iWatch, ou melhor, o Apple Watch, um aparelho usável de design com linhas simples, rectangular, e em versões em alumínio e ouro de 18 e 24 quilates. Será lançado no mercado no início de 2015, com um preço base de 349 dólares.  

Com ligação ao iPhone, é totalmente personalizável, tem um ecrã em safira, uma das duas matérias mais resistentes no mundo depois do diamante, e funciona a partir de uma pequena roda digital, semelhante à que usamos para acertar um relógio, que faz zoom das imagens no ecrã e permite navegar nas aplicações no Apple Watch sem comprometer a sua visualização do ecrã, sensível ao toque.

A parte de trás do relógio inteligente tem quatro foto-sensores que detectam a pulsação do utilizador, um giroscópio e o acelerómetro, que permitem fazer uma leitura da actividade diária física de quem o utiliza. O Apple Watch vai ter dois tamanhos e tem braceletes adaptáveis a qualquer pulso, consoante as três versões de design disponíveis, tornando-o um autêntico acessório de moda. 

O Apple Watch vem com o Siri, o “assistente pessoal” da Apple, a partir do qual o utilizador pode ditar uma mensagem ou pedir a morada do restaurante mais próximo. O aparelho utiliza o GPS e o wi-fi do iPhone apenas nas versões 5, 5c, 5s, 6, e 6 Plus.

O evento terminou com uma actuação da banda irlandesa U2. A relação entre os irlandeses e a Apple é já de longa data e esta terça-feira voltou a ser reforçada com a actuação dos U2 no Centro Flint. A banda de Bono Vox aproveitou para apresentar um novo tema, The miracle (of Joey Ramone), do seu novo álbum, Songs of Innocence, que estará exclusivamente no iTunes e onde pode ser descarregado gratuitamente até ao dia 13 de Outubro. Quem criar uma conta no iTunes nas próximas cinco semanas terá ainda direito a uma cópia do álbum.

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