Uma vida com filtros

O Facebook manipulou as emoções de milhares de utilizadores. Mas nós também influenciamos os nossos seguidores nas redes sociais.

Foto

Queria ter uma identidade própria, única, conseguir ser identificado através de uma imagem. Começou assim a relação de Wandson Lisboa com o Instagram. “No início não tinha essa preocupação de fotografar coisas bonitas”, explica à Revista 2 o designer gráfico, 27 anos. “Uso o Instagram como uma vitrine das minhas potencialidades. É o meu portfólio. Onde eu tenho liberdade criativa e onde consigo mostrar para as pessoas o que se passa no meu mundo, na minha cabeça.”

Wandson chegou do Brasil em 2010. Nessa altura, “queria apenas registar todos os momentos, cada coisa que me acontecia em Portugal”. Podia ser um objecto, uma ida ao supermercado, uma palavra com um significado diferente no Brasil. Uma foto por dia. “Queria, justamente, criar algo que salvaguardasse a minha memória desse período.” Mas transformou-se noutra coisa: “Percebi que existiam outros instagramers com uma identidade própria. Queria ser identificado no meio dos outros. Claro, queria apresentar um trabalho fixe, cool, mas que alguém me reconhecesse através de uma foto.”

Hoje Wandson é @wandson: o seu alter-ego no Instagram é ele mesmo, com o seu nome. Seremos todos como somos nas nossas vidas virtuais? Manuel Pita, 40 anos, investigador em redes artificiais do Instituto Gulbenkian de Ciência e da Universidade de Indiana (EUA) admite ser sempre igual a si mesmo, ainda que o seu alter-ego se chame @sejkko, “uma palavra derivada de uma palavra japonesa que quer dizer criança sincera”. Nessa identidade no Instagram, “tudo é metafórico”. “Tento criar uma sensação e transmitir aquilo que sinto: pureza, surrealismo, magia, um lado futurista também. As coisas que faltam na minha vida real projecto para a minha vida virtual. É um processo de documentar o que vejo. Um impulso”, diz.

Ao contrário do Facebook, onde há demasiada informação, vídeo, publicidade, ligações para notícias, para as páginas de que gostamos, para os posts dos nossos amigos, no Instagram tudo se resume à imagem e à busca da perfeição, ao instantâneo, àquele momento único. “O Instagram dá-nos o feeling daquele momento. É um momento tão bonito, tão especial e temos a sensação de que, se não o registamos, podemos perdê-lo. Ao fotografarmos, evitamos a dor de o perder para sempre”, explica Bruno M. Ferreira, 32 anos, designer de comunicação e especialista em media digitais. Essa perfeição torna-se cada vez mais difícil de atingir. Isto porque (é consensual entre os utilizadores) já ninguém usa o Instagram como máquina fotográfica. “Tiramos uma fotografia porque sabemos que a vamos alterar: é fun precisamente porque podemos manipular a imagem, torná-la o mais perfeita, o mais cool, possível”, continua Ferreira. Experimentamos vários filtros, brincamos com a luz, com o contraste. “Gostas, não gostas, vais experimentando. Vai ficando cada vez melhor. É como se víssemos a vida só com filtros. E filtro é mesmo a palavra certa: separa uma coisa da outra, separa o bem do mal, o bonito do feio, estás a filtrar o teu melhor, o que tens para dar aos outros.”

Eu, seguidor, me confesso


Erin Wurzel sofre de “inveja do Instagram”. Num artigo no New York Times, a blogger, 26 anos, confessava recentemente que, apesar de ter tudo para se sentir feliz — ia casar, escrevia o seu primeiro romance e estava prestes a mudar-se para Paris —, não conseguia deixar de sentir inveja da vida das suas amigas. Porque no Instagram não há más fotografias. Aí, somos bonitos, parecemos mais altos e mais magros, a nossa casa está sempre arrumada, os nossos filhos são sempre perfeitos e as nossas férias de sonho, mesmo quando parece que estamos nas Caraíbas e afinal estamos em Albufeira. Wurzel criou o alter-ego @likewantneed (gosto, quero e preciso) com imagens de objectos, lugares, momentos que aspiram a uma perfeição que, pelos vistos, a sua vida real não tem.

Essa perfeição pode estar no futuro. Ou num estado virtual, fora do nosso quotidiano. Manuel Pita explica que cada imagem sua no Instagram representa uma emoção que quer documentar. Para isso, é necessário materializá-la: “Tento traduzir o conceito tal como o sinto: uma cor, um corpo, uma mão, uma máscara. É a visão cristalizada dessa emoção. Depois vou à procura do que é necessário para materializá-la — às vezes pode demorar dias, às vezes é directo.”

Wandson Lisboa revela um processo semelhante: “O meu tempo ocioso é aquele que uso para pensar no Instagram. É uma montra das minhas ideias. Às vezes, fica lá guardado, fico a pensar numa foto. Desenho a imagem: tenho cadernos cheios de fotos desenhadas. É uma coisa conceptual. Faço coisas instantâneas, mas tem outras que são muito pensadas, organizadas, programadas, que precisam de produção, de um objecto que não se tem no momento.”

A partir daí, a imagem vive. Torna-se “uma forma de estar no mundo e de chegar a essa pessoa que queremos ser”, diz Pita, para quem o Instagram permite, com os “pés bem assentes no presente”, evoluir até uma espécie de futuro: “É como se houvesse uma parte de mim que está a puxar, para este real, um cabo do futuro. Isso significa que estou a evoluir. O Instagram é uma ferramenta de evolução, permite-me avançar em direcção ao futuro através das metáforas e perceber como estas ligam as pessoas, como elas reagem, como as tribos se conectam. E como há pessoas que depois me imitam e outras em quem busco referências.”

Na rede, nunca estamos sozinhos, mas numa comunidade de “amigos” virtuais, pessoas reais do outro lado do mundo ou da sala onde nos encontramos. Estamos juntos, interagimos, conversamos, partilhamos: no Instagram, no Facebook, no Tumblr, no WhatsApp, no Twitter. Seguimos e somos seguidos. “Existem várias redes sociais, cada uma com uma proposta diferente. Mas todas se resumem a uma única coisa: você”, diz Wandson, que tem 15 mil seguidores no Instagram. Segue “apenas” 130 porque, diz, “quero ver coisas com as quais me identifico”. Não são “só” fotos: “Quero ver coisas criativas, para me inspirar. As 130 pessoas que sigo são as que criam as suas narrativas visuais. As galerias são narrativas dessas pessoas, quero saber porque está ali aquela fotografia e não outra, e a razão de ser dessa fotografia”, continua.

Já Manuel Pita, com 59 mil seguidores (segue pouco mais de 200), é um dos utilizadores mais populares do Instagram em Portugal. No início, em 2010, “conseguia dez comentários ou likes” numa foto e ficava entusiasmado. Mas, quando em Janeiro de 2012, o Instagram colocou @sejkko nos “utilizadores sugeridos”, passou de 500 para 11 mil seguidores. Continua a dizer, no entanto, que, “apesar de a fama ter um preço” — não conseguir interagir com todos os seus seguidores como gostaria —, o mais importante é “o diálogo com as pessoas e a empatia com a imagem”: “As pessoas com quem eu me relaciono na rede têm um elemento mágico nas fotos. Não é a parte técnica, o iPhone que faz milagres. Isso é aborrecido. Gosto de seguir pessoas que estão a contar uma história e que por sua vez são consistentes e criativas de forma genuína. Não me interessa se são 200 ou 2 milhões.”

Os diálogos estabelecem-se através de likes, de fotos que se (co)respondem, comunicam. As pessoas ligam-se através das imagens, entendem-se, decifram-se. Mesmo quando transmitimos uma emoção “encriptada”, “há seguidores que são quase bruxos e que conseguem compreender-me”, diz. Por isso, para Manuel Pita, que investiga redes em biologia, “cada imagem é uma célula, e a galeria é um todo, um organismo vivo”. “É como um mapa, sabemos o que já percorremos: vejo as minhas primeiras fotos e lembro-me de usar tons dourados, tons pastel, molduras à volta da imagem. Agora sei que cristalizei num minimalismo. É como ler um livro, há várias dimensões e uma encadeação de conceitos. Poucas galerias conseguem traduzir isso.”

Manipulamos e somos manipulados

Mesmo que sejamos quem somos nas nossas vidas virtuais, sabemos que ao seguirmos e sermos seguidos estamos a “trabalhar” para uma gratificação pessoal: “As redes sociais têm que ver com validação social: queremos ser cool perante os nossos amigos. Quanto maior a nossa influência sobre os outros, maior gratificação sentimos”, explica Bruno Ferreira. A nível tecnológico, a inclusão da câmara frontal nos telefones possibilitou o fenómeno das selfies. “O telemóvel passou a ser um espelho que nos mostra, em qualquer momento, o que queremos ver e como nos queremos ver: tiramos proveito do nosso melhor ângulo, com a luz que nos favorece e um filtro que nos transforma em vedetas instantâneas”, diz. É um espelho que nos permite ficar “agarrados” à nossa própria imagem, “através da validação (likes) dos nossos seguidores”.
Apesar de a “inveja do Instagram” ser essencialmente um problema de “primeiro-mundo”, já há investigadores a tentar quantificar aquilo que Andrew Przybylski, psicólogo e investigador da Universidade de Oxford, chama de FOMO (fear of missing out), isto é: medo de estar a perder qualquer coisa importante que está a acontecer na rede. Os estudos mostram que 79% de utilizadores de smartphones acedem ao telemóvel até 15 minutos depois de acordar todas as manhãs. Outros acrescentam que acedemos às redes sociais cerca de 30 a 40 vezes por dia. No fundo, diz Nir Eyal, autor de Hooked: How to Build Habit-Forming Products (2014), estamos “agarrados”.

Estamos cada vez mais dependentes: “Antes, questões relacionadas com telemóveis e Internet estavam nas secções de tecnologia dos jornais. Agora estão na secção de saúde”, diz Bruno Ferreira. Em 2013, a bíblia da psicologia norte-americana, Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disorders, classificou a “dependência de Internet” (Internet Addiction Disorder) como uma doença mental.

Não foi, por isso, surpreendente para alguns a recente revelação de que o Facebook alterou o “feed de notícias” de cerca de 700 mil utilizadores durante uma semana em Janeiro de 2012. Segundo o estudo, alguns utilizadores receberam menos conteúdo “positivo” e, outros, menos “negativo”. O objectivo era perceber se a exposição afectava o comportamento dos sujeitos da experiência na mesma rede social. O estudo analisou reacções através de palavras que as pessoas escreviam nos seus posts. Verificou-se, de facto, uma diminuição de 0,1% no número de “palavras positivas”, nos utilizadores expostos a menos conteúdos positivos no seu feed, e uma diminuição de 0,07% de “palavras negativas” entre os outros utilizadores. Para os autores do estudo, estes números não são insignificantes: “Em 2013, [esta percentagem] corresponde a centenas de milhares de expressões de emoção em actualizações de posts por dia.” 

Para Nélson Zagalo, investigador da Universidade do Minho e especialista em redes sociais e novas tecnologias, o estudo do Facebook está longe de ser conclusivo. “É possível provocar, estimular reacções, mas daí a quantificar as conclusões através dos discursos em rede é muito pouco. O único elemento de análise que temos é o que as pessoas vão escrevendo no feed. Não nos permite saber se estão ou não emocionadas quando expostas a informação mais negativa ou positiva. Temos de estudar as pessoas e estar em contacto com elas, não podemos simplesmente analisar através de algoritmos o que elas escrevem ou o que partilham”, explica Zagalo.

Para o investigador, somos nas nossas vidas virtuais como somos nas vidas reais porque os sistemas se aperfeiçoaram à forma como interagimos. Nas redes sociais, “construímos contextos — como uma obra de arte, um jogo, um texto, um filme são também contextos”, diz. “Construímos uma realidade e despejamos ali para dentro. Em poucos minutos, percebemos o que as pessoas estão a fazer, percebemos o que se está a passar. Hoje, ligar o Facebook é quase como quando as pessoas chegavam a casa e ligavam a televisão: para sabermos o que está a acontecer, vamos às redes sociais.”

Nas redes existem personas, alter-egos que “têm uma relação com as pessoas reais”, com aquilo que somos. “Claro que são máscaras, mas são as máscaras reais das pessoas, aquelas que usamos no dia-a-dia: eu comporto-me de maneira diferente no trabalho, com os meus amigos, com a minha família. Temos múltiplas fachadas e as máscaras do Facebook são as máscaras reais dos seres humanos”, explica Zagalo. São as regras do sistema que assim o obrigam: não podemos usar nicknames, nem fotos falsificadas, não podemos mudar de nome quando queremos. “O Facebook foi-se adaptando cada vez mais a nós até se tornar real — real entre aspas, isto é, parte do humano.”

Desconfiamos da tecnologia. Pensamos que nos estão a manipular. Isso é (e não é) verdade: “Comunicamos de maneira diferente consoante os ambientes ou os contextos. Por isso no Facebook podemos criar listas de amigos: a tecnologia adaptou-se a essa necessidade e facilitou os canais para veicularmos a informação. No mundo real, sabemos essas diferenças de forma automática. No mundo virtual, vamos lá activar um botão. Não é o Facebook que está a alterar isso em nós: ele está apenas a permitir sermos como somos”, continua Zagalo.

Para Manuel Pita, a biologia pode ajudar a explicar alguns comportamentos das redes sociais. Há genes influentes, que afectam outros, em processos de reacções em cadeia. Mas também há genes que competem entre si, em acordo ou disputa, e que depois propagarão informação. Assim também acontece nas redes sociais. Manuel Pita dá como exemplo a recente polémica com Lana del Rey e Frances Bean, filha de Kurt Cobain, no Twitter: dois “genes” fortes em disputa nas redes sociais e as respostas dos seguidores que causou. A cantora norte-americana disse, numa crítica à fama e ao estrelato: “I wish I was dead already” (“quem me dera já estar morta”). A filha de Cobain, que se suicidou em 1994, respondeu também no Twitter: “A morte de jovens músicos não é algo que se deva glamourizar… Nunca conhecerei o meu pai porque ele morreu novo e parece ser uma proeza desejável porque pessoas como tu acham que isso é cool.” 

Mas Manuel Pita tem “dúvidas sobre a eficácia da manipulação em larga escala nas redes sociais”. Mesmo sabendo que o Facebook manipula a timeline, aquilo que vemos, em função dos nossos gostos, das nossas actualizações, das redes de amigos, dos amigos com quem mais partilhamos ou dialogamos, apesar disso, diz o investigador, “os colectivos coerentes são resistentes: se o Facebook ataca o colectivo, ele vai reagir. Os mais fracos poderão sucumbir, mas o colectivo, em geral, é forte. Resiste, defende-se desse ataque”. Isto poderá quer dizer que 0,07% das pessoas que reagiram à exposição de conteúdos negativos durante o estudo corresponde a esses “mais fracos”, os que sucumbiram à influência dos conteúdos negativos. Os restantes 99,93% dos utilizadores não responderam de forma clara: esses são o “colectivo coerente” e são esses a quem esta manipulação do Facebook (“ainda”, diz Manuel Pita) não conseguiu chegar.

 Zagalo concorda, explicando que hoje um fenómeno como o da Guerra dos Mundos, de Orson Welles, que, em 1938, veiculou pela rádio a notícia de que o planeta estava a ser invadido por extraterrestres, não poderia acontecer: “Pode haver um contágio inicial, mas daí até haver um crash ou um suicídio colectivo, tenho dúvidas. Hoje podemos confrontar informação muito rapidamente. Abro um tab em 30 segundos e vejo o que está a acontecer noutro lado. Até a questão da viralidade é difícil de prever: mesmo construindo um vídeo com a ajuda de algoritmos, depende de uma enorme quantidade de variáveis ele conseguir tornar-se viral.”

Manuel Pita admite que, se manipula os seus seguidores no Instagram, não o faz de “forma intencional”. Mas sabe que, apesar disso, “detém uma capacidade de influência da qual, até há pouco, não tinha noção”. Quando partilhou no Instagram uma imagem para angariar fundos para um projecto kickstarter de fotografia no Brasil, “a coisa tornou-se viral”: os amigos pediam oito mil dólares para o projecto e conseguiram 21 mil. “Sei que não sou a Paris Hilton, a minha capacidade de influência é limitada, mas ficou muito claro que consigo chegar até às pessoas.”

Para Pita, o problema do Instagram está no futuro: a rede foi comprada pelo Facebook em 2012. E a empresa de Mark Zuckerberg sabe quais são as tendências porque vai diariamente acumulando informação, dados, sobre todos nós. “Eles sabiam que não conseguiam captar a faixa etária dos 15 aos 18 anos e por isso compraram o WhatSapp, o Snappshot e o Instagram. Mas o Facebook não comprou esses serviços ou essas aplicações. Eles compraram os utilizadores: nós”, explica Bruno Ferreira.

Pita especula que os algoritmos do Facebook podem já estar a ser utilizados no Instagram: “Há pessoas que viram um ‘império’ crescer, ganharam fama no Instagram e de repente não conseguem manter o interesse. A partir desse momento poderá haver pessoas que comecem a sentir a ansiedade da diminuição do número de likes, e poderão ter interesse em pagar pela sua exposição, especialmente celebridades e marcas. Perde-se o espírito de comunidade, perde-se a inocência da experiência de partilha.” Quando não conseguimos manter os níveis de interesse nas nossas imagens, “para algumas pessoas isso pode significar chegar à derrota das nossa persona online, do nosso alter-ego”: “Para estas pessoas, a tua persona morreu no momento em que já não interessa a ninguém, ou interessa a cada vez menos pessoas”, explica Manuel Pita. Por isso, para Pita, "independentemente de tudo isto, o mais importante é ser autêntico na rede".

Mas é precisamente porque somos “ratos de laboratório” nas redes sociais, diz Zagalo, que a questão da manipulação das nossas emoções e identidades é tão fascinante. Há um “claro interesse das ciências sociais em aceder a este tipo de informação” porque o Facebook tem dados tão exactos sobre relações humanas que “outros métodos científicos se tornaram obsoletos ou antiquados.” O que é “nefasto” é haver “uma empresa a aceder a informação pessoal e privada sobre cada um de nós e essa informação estar a ser vendida a terceiros”.

Não há nada de “romântico” nas redes sociais, diz Pita. Para o Facebook, “só o dinheiro importa”. São 1300 milhões de utilizadores, mas não é uma simples sala de convívio com os nossos amigos: “Não podemos esquecer que isto são empresas que se escondem atrás de uma cara humana”, explica Bruno Ferreira. “O problema destas manipulações é que não são explicadas de forma directa aos utilizadores, são sempre escamoteadas. É verdade: estão nos ‘termos e condições’ do contrato que assinámos com o Facebook, esse contrato toda a gente assinou mas ninguém leu.”

Texto alterado às 14h58: corrigidas algumas citações

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