Uma campanha pelo amor incondicional de filhos LGBT

É uma rampa para a AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género.

Foto

“Isto é o que parece. Isto é amor.” A campanha está cá fora antes do Dia Internacional Contra a Homofobia, que se celebra a 17 de Maio. Uma filha e uma mãe dão a cara pela AMPLOS – Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género. Abraçam-se. 

O grupo de acção cívica existe desde 2009, mas é ainda pouco conhecido, diz a sua presidente, a socióloga Margarida Faria. Quando surgiu a oportunidade de ter uma campanha, pro bono, desenvolvida pela agência Winicio, sob a direcção criativa de João Peral, pareceu-lhes importante “dizer que existe”, invocar o amor incondicional pelos filhos, para lá da orientação sexual e da identidade de género. 

Os pais, explica a Margaria Faria, também passam por um momento, muitas vezes sofrido, da aceitação do filho ou da filha na sua diferença. Também têm de fazer o luto, que implica passar pela negação, pela raiva, pela negociação e pela tristeza antes da aceitação. “Preocupam-se com o que os outros pensam. Têm receio do que os outros vão dizer. Põe-se no centro. Não pensam que os filhos são vítimas de discriminação por causa da orientação sexual e da identidade de género. Se se preocupassem com isso, tornavam-se activistas.”

A AMPLOS começou por ser uma associação de pais que se colocam ao lado dos filhos e das organizações que defendem os direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trangénero (LGBT). Apresenta-se  agora como “um grupo de pais que se propõe lutar por uma sociedade mais justa, opondo-se a todas as formas de discriminação “.

A campanha tem um cartaz e um vídeo. No vídeo, há uma mãe heterossexual, Susana, e uma filha homossexual, Marta, que se abraçam e uma voz que diz: “Para a Susana e para a Marta, o amor entre mãe e filha não depende da orientação sexual ou identidade de género. É incondicional“.

Andavam a preparar a campanha com a agência há algum tempo. Surgiu a oportunidade de a divulgar na próxima semana, num programa da SIC. E calha antecipar o Dia Internacional Contra a Homofobia.

 

 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários