“Um meet é só para os jovens conviverem”

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Exemplo de um meet convocado nas redes sociais DR

Uma das jovens que foram na quarta-feira ao meet junto ao Centro Comercial Vasco da Gama - e que prefere não ser identificada pelo nome –, explicou ao PÚBLICO que “antes da polícia chegar estava tudo bem”. Por chat no Facebook, diz: “Mas depois apanhei cacetada. Sou branca, não fiz nada, estava sentada.”

Com 17 anos, conta que um meet serve para conviver, não tem nenhum objectivo de manifestação política ou social. É organizado através das redes sociais para conhecer pessoalmente os amigos e fãs virtuais. “Só queria que as pessoas de fora compreendessem que o meet não é nada de mal, é só para os jovens conviverem., não temos culpa de arranjarem confusão.”

Os jovens aproveitam os meets para “passar o tempo”, já que estão de férias, conta, e são de zonas como Amadora, Rio de Mouro, Bobodela, Catujal…

Ela, que vai a meets há meses, “pelo menos desde o 2º período”, conta que sentiu discriminação no Vasco da Gama, na quarta-feira: “Os polícias não estavam a deixar os meus amigos e amigas de cor entrar e só lhes estavam a bater.” Mas “bateram em brancos e pretos”, acusa. Organizou mais dois meets, e está a gerir a agenda para ir a outros 12, embora “alguns" tenham sido "cancelados”.

Fazendo uma pesquisa pelos que fizeram likes e disseram ir aos eventos de meet percebe-se que alguns dos jovens têm milhares de seguidores e centenas de likes e de partilhas dos seus posts

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