The Washington Post vai cobrar online a leitores frequentes

Quem lê até 20 artigos por mês continuará isento. Queda nas receitas da edição impressa leva jornal norte-americano a introduzir assinaturas a partir do Verão.

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O The Washington Post anunciou na segunda-feira a intenção de cobrar, a partir do Verão, aos leitores uma assinatura pela leitura das notícias online. O valor e a data de início ainda não estão definidos.

Os leitores que consultarem mais do que 20 artigos ou conteúdos multimédia por mês terão de pagar uma taxa, segundo a notícia avançada pelo próprio jornal. Os consumidores “entendem os custos elevados da operação de recolha de notícias de alta qualidade e a importância de manter o tipo de reportagens aprofundadas pelas quais o jornal é conhecido”, segundo a presidente executiva da empresa que edita o jornal, Katharine Weymouth.

A medida não vai afectar os actuais assinantes, que têm acesso a todos os conteúdos online de forma gratuita, bem como estudantes, professores, funcionários do Governo e militares que acedam ao site a partir das escolas e dos postos de trabalho.

O The Washington Post considera que esta é uma medida “modesta”. Junta-se assim a outras publicações do mercado norte-americano que também cobram pelos conteúdos online, frisa o jornal, citando os exemplos de Wall Street Journal, Financial Times, Boston Globe e The New York Times.

Numa reunião exclusiva para colaboradores, Weymouth disse ainda que cobrar mais aos assinantes da edição impressa quando se oferece os conteúdos online é “uma proposta completamente irracional para os leitores”.

O The Washington Post é um jornal de implantação regional, sediado na capital dos EUA. Vendeu, em média, 462 mil exemplares de segunda a sexta-feira, entre Abril e Setembro de 2012, uma quebra de cerca de 9% face aos resultados obtidos entre Outubro de 2011 e Março de 2012, com uma média de 507 mil exemplares vendidos.

As receitas da publicidade impressa caíram 12%, para 67,5 milhões de dólares. Na Internet, a empresa que detém o jornal viu as receitas online crescerem cerca de 5%, para 110,6 milhões de dólares em 2012, face aos 105,8 milhões de dólares em 2011.

 
 

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