Técnicos de diagnóstico e terapêutica mantêm greve

Sindicato refere que 93% dos mais de 3 mil profissionais escolheram manter a greve desta sexta-feira.

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Almerindo Rego, presidente do Sindicato Nacional dos Tecnicos Superiores de Saude das Áreas de Diagnostico e Terapeutica. Fabio Augusto/Arquivo

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, em greve há dez dias, e por tempo indeterminado, decidiram manter a paralisação, informou esta sexta-feira o sindicato do sector, que convocou o protesto, apoiando-se nos resultados de um inquérito.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) refere que 93% dos mais de 3 mil profissionais inquiridos preferiram a continuação da greve.

"Perante estes resultados, o STSS mantém a greve, pois essa é a decisão inequívoca dos colegas", indica a estrutura na nota à imprensa, acrescentando que a auscultação foi conduzida pelo STSS, após o cancelamento da reunião, prevista para esta sexta-feira, entre o sindicato e o Ministério da Saúde.

Segundo o sindicato, a greve teve, esta sexta-feira, uma adesão superior a 80%.

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica reclamam a actualização da carreira.

Na segunda-feira, no Porto, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, considerou as preocupações dos grevistas legítimas, mas salientou que não podem existir "regimes de excepção".

O ministro disse que, na próxima reunião, na quarta-feira, a tutela continuará "a trabalhar para encontrar uma solução".

De acordo com o sindicato, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, informou esta sexta-feira a estrutura de que "existem condições para efectuar a negociação das matérias de incidência financeira, tal como as transições para a nova carreira e respectivas posições remuneratórias, no decurso de 2017".

Na semana passada, os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram uma greve por tempo indeterminado, contra a desactualização da carreira, e manifestaram-se em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Segundo os profissionais, a paralisação afectará "praticamente todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares", ou os diagnósticos diferenciados.

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