Sindicato Independente dos Médicos diz-se tranquilo com OPA aos hospitais da Luz e Loures

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Médicos demoram menos tempo a fazer operações quando recebem incentivos financeiros Enric Vives-Rubio

O representante sindical dos médicos Jorge Roque da Cunha garantiu nesta terça-feira que a classe está tranquila face à Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Espírito Santo Saúde (ESS), defendendo que basta que sejam cumpridas as regras.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) explicou que “está tudo bem” para a classe médica desde que o candidato à OPA seja um sistema “que cumpra as regras do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente na questão dos concursos” além dos horários de trabalho e do nível remuneratório.

Para Jorge Roque da Cunha, é “indiferente quem manda no capital”, lembrando que há várias realidades no país e referindo que os médicos “não são a favor da socialização da medicina”.

“É preciso é que as várias realidades existentes concorram para que haja concursos, que a progressão na carreira seja por mérito não seja só por escolha. Quem manda no capital é indiferente, tem é de cumprir depois as regras gerais do SNS”, frisou.

O grupo mexicano Angeles, que desenvolve actividade nas áreas de saúde, finanças, turismo e comunicação social, anunciou na terça-feira o lançamento de uma OPA voluntária sobre o capital da Espírito Santo Saúde, oferecendo 4,30 euros por cada acção.

O grupo mexicano condiciona a oferta a um conjunto de condições, nomeadamente a aquisição de “um número de acções representativas de, pelo menos, 50,01% do capital social” da ESS.

A ESS é dona, entre outros activos, do Hospital da Luz, em Lisboa, e gere, em regime de Parceria Público-Privada, o Hospital de Loures.

A ESS é actualmente detida maioritariamente pela Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES).

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