Seguradoras pagam 45 milhões de euros pelo mau tempo

Intempérie de Janeiro afectou sobretudo as regiões Norte e o Centro. Valor das indemnizações ainda pode subir.

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O vento forte arrancou centenas de árvores por todo o país no fim-de-semana de 18 e 19 de Janeiro Rui Farinha

As indemnizações das seguradoras às vítimas do mau tempo que assolou o país em Janeiro já chegam aos 45 milhões de euros, mas a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) admite que podem atingir os 60 milhões.

 

“O número de sinistros aumentou bastante, passou para 23 mil, e o montante previsível de pagamentos que iremos efectuar com base nesta informação será de cerca de 45 milhões, que é bastante mais do que a primeira informação, que era de 23 milhões”, disse nesta quarta-feira o presidente da APS, Pedro Seixas Vale.

Em declarações à agência Lusa, o responsável frisou que até 30 dias depois da intempérie podem ainda ser participados novos sinistros, pelo que acredita que a estimativa final das indemnizações possa ficar próxima dos 60 milhões de euros. Os números agora apresentados respeitam às participações às seguradoras até 1 de Fevereiro.

Segundo Pedro Seixas Vale, a diferença entre o primeiro balanço feito e o actual deve-se a “um conjunto significativo de alguns sinistros com gravidade, que afectaram infra-estruturas de valor significativo” e que foram agora transmitidos. “Daí a justificação para este aumento significativo do valor que iremos pagar”, acrescentou.

O presidente da APS indicou que a maioria dos danos se registou, sobretudo, em habitações, em instalações empresariais e em infra-estruturas ligadas à energia, nomeadamente redes de transporte de electricidade e de telecomunicações, que foram muito afectadas. “Mais do que o valor” em causa, “o número de pessoas e instituições afectadas” demonstra que esta foi “uma pequena tragédia para país”.
“É também uma demonstração da nossa capacidade em rapidamente ressarcir as pessoas que fizeram seguros e demonstra a importância que o sector segurador tem nestas alturas em resolver as situações de uma forma rápida”, acrescentou.

O Norte e o Centro do país foram as regiões mais afectadas pelo mau tempo que atingiu Portugal a 18 e 19 de Janeiro, tendo o Centro acumulado mais de metade dos sinistros e dos custos globais.

 

 
 

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