SEF inicia greve às escoltas de cidadãos estrangeiros expulsos

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Na base do protesto dos inspectores do SEF está a falta de pagamento das horas extraordinárias DR

Os inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) iniciam hoje uma greve às escoltas de cidadãos estrangeiros para fora de Portugal (expulsões), por tempo indeterminado, e quarta e quinta-feira fazem dois dias de paralisação total.

Na base deste protesto dos inspectores do SEF está a falta de pagamento das horas extraordinárias, em atraso desde Janeiro de 2002 e que ascende já, segundo o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIFSEF), a 2,7 milhões de euros.

O SCIFSEF teve quinta-feira passada uma reunião com o secretário de Estado da Administração Interna, Nuno Magalhães, para tentar resolver o problema, mas, de acordo com o presidente do sindicato, Gonçalo Rodrigues, a mesma foi inconclusiva, pelo que vão ser mantidos os protestos agendados e aqueles em curso.

Os inspectores do SEF cumprem também uma greve às horas extraordinárias, por tempo indeterminado, desde 1 de Maio, e, além dos dois dias de paralisação total ao trabalho de quarta e quinta-feira têm agendadas novas paralisações totais para 27 e 28 deste mês e 11, 12, 16 e 17 de Junho

Estas greves poderão provocar complicações no escoamento de passageiros nos aeroportos nacionais, numa altura em que são esperados milhares de turistas em vésperas e durante o Euro 2004 e o Rock in Rio - Lisboa.

"Quem vai determinar o fim das greves é o Governo, quando começar a pagar as horas extraordinárias em atraso desde Janeiro de 2002", afirmou Gonçalo Rodrigues, especificando que o valor em dívida ascende já a cerca de 2,7 milhões de euros.

O sindicalista afirmou que os inspectores já fizeram um dia de greve às horas extraordinárias em Janeiro de 2003 e 15 dias em Agosto e desmarcaram cinco dias de paralisação total nesse mês por terem tido garantias do ministro da Administração Interna de que o assunto ficaria resolvido, o que não aconteceu até à data.

Gonçalo Rodrigues lembra que já quando tomou posse, em Março de 2002, o ministro da Administração Interna recebeu uma comissão sindical e prometeu resolver o problema.

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