Rui Pedro Soares absolvido no caso Taguspark

Tribunal não conseguiu provar uso de dinheiros públicos para comprar o apoio de Luís Figo a José Sócrates nas eleições legislativas de 2009.

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Rui Pedro Soares, um dos três arguidos no processo Enric Vives-Rubio

O Tribunal de Oeiras absolveu nesta quinta-feira o socialista Rui Pedro Soares e dois outros arguidos do crime de corrupção passiva no caso Taguspark.

O caso remonta a 2009. Dois dias antes das eleições legislativas realizadas em Setembro desse ano, o ex-futebolista Luís Figo manifestou o seu apoio a José Sócrates num pequeno-almoço que tomou com o candidato. Antes disso, já tinha expressado a sua admiração pelo líder do PS numa entrevista ao Diário Económico. Só que, por essa altura, a estrela do futebol havia vendido direitos de imagem seus aoTaguspark por 350 mil euros, para promover o parque tecnológico de Oeiras.

Baseado sobretudo em várias escutas, o Ministério Público concluiu que estava tudo ligado e que Rui Pedro Soares — então administrador da Portugal Telecom, grupo accionista da Taguspark — e dois outros responsáveis do parque tecnológico de Oeiras, Américo Thomati e João Carlos Silva, haviam comprado o apoio de Figo a Sócrates com dinheiros públicos da organização que dirigiam.

Acontece que a principal testemunha da acusação, o socialista Paulo Penedos, assessor de Rui Pedro Soares na PT, apanhado nas escutas a referir-se ao negócio do Taguspark com Figo como “uma coisa um bocado pornográfica”, não foi tão longe nas declarações que fez em tribunal sobre o caso como tinha ido na fase de inquérito do processo, o que obrigou o procurador do Ministério Público a pedir a absolvição dos arguidos do crime de corrupção passiva nas alegações finais do julgamento.

 

  
 

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