Retomadas buscas em terra e no mar para encontrar jovens desaparecidos no Meco

No domingo foi encontrado um cadáver que se presume ser de uma das estudantes. Falta recuperar quatro corpos.

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Familiares das vítimas do Meco consideram que juíz adoptou uma postura "preconceituosa" PÚBLICO (arquivo)

As buscas para encontrar os jovens desaparecidos há uma semana na praia do Meco foram retomadas nesta segunda-feira por vias terrestre e marítima, adiantou à Lusa o comandante do Porto de Setúbal, Lopes da Costa. Continuam desaparecidos quatro estudantes.

“Durante o dia de hoje serão mantidas as buscas terrestres ao longo da praia e ao longo da costa mais a sul estarão empenhados os meios marítimos, a corveta Jacinto Cândido e a lancha de fiscalização Águia, da Marinha”, disse.

Contudo, o comandante Lopes da Costa sublinhou que as buscas vão passar a ser integradas nas missões normais da Autoridade Marítima, que vai manter a vigilância e patrulhamento da costa com o objectivo de encontrar os jovens desaparecidos.

“Estamos no nono dia após o acidente e, desta forma, encontramo-nos na 3.ª fase da operação de busca. Tivemos uma fase logo a seguir ao acidente e que decorreu nas primeiras horas e primeiros dias na expectativa de ainda encontrarmos sobreviventes, seguiu-se uma 2.ª fase em que foram mantidas buscas intensas e, neste momento, vamos entrar na 3.ª fase, a de integração nas missões normais da autoridade marítima”, explicou.

Sobre o corpo de uma mulher encontrado domingo ao final da manhã a cerca de 1200 metros em frente à praia da Pipa, a 3,5 quilómetros a sul da praia do Meco, o comandante Lopes da Costa disse que o cadáver foi entregue no Gabinete Médico Legal do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal.

“Confirmo que foi encontrado o corpo de uma das jovens a oeste da praia da Pipa, isto porque o vestuário que tinha está associado ao desaparecimento recente dos estudantes da Lusófona”, contou. O comandante acrescentou ainda que a identificação do corpo irá decorrer a partir desta segunda-feira no hospital de Setúbal.

Os cinco jovens (quatro raparigas e um rapaz) desaparecidos no passado dia 15 integravam um grupo de sete alunos da Universidade Lusófona que tinha alugado casa em Alfarim para passar um fim-de-semana naquela zona do concelho de Sesimbra e que foram arrastados por uma onda, na praia do Meco.

Um dos jovens conseguiu sair da água por meios próprios e alertar as autoridades para a tragédia que ocorreu cerca da 1h da madrugada de domingo passado, enquanto outro foi encontrado morto na manhã do mesmo dia.

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