Foram retomadas na manhã deste domingo, cerca das 8 horas, as buscas para tentar encontrar o homem que foi arrastado pela corrente, ao final da tarde de sábado, quando passava de bicicleta na estrada que liga Cacia (Aveiro) a Angeja (Albergaria-a-Velha). O vento forte e a força da corrente estão a dificultar o trabalho dos bombeiros que se encontram no local. “Hoje, as condições ainda são piores que ontem”, assegurou ao PÚBLICO Pedro Oliveira, adjunto do comandante dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha.

Para o local, foram mobilizados 15 homens, cinco viaturas, um barco, uma moto de água e dois cães de busca. As operações decorrem em terra e na água, sendo que, até ao momento, as autoridades ainda desconhecem a identidade da vítima. “Será um homem na casa dos 50 anos, mas ainda não foi dado nenhum alerta de desaparecimento”, acrescentou o adjunto do comandante da corporação de Albergaria-a-Velha. “A informação que nos chegou ontem indicava que o senhor foi visto a tentar passar pela estrada e que acabou por ser arrastado. Uns populares que estavam aqui ainda o terão tentado salvar, mas não conseguiram”, declarou ainda Pedro Oliveira.

Casimiro Calafate, presidente da junta de freguesia de Cacia, que esta manhã se deslocou ao local onde decorrem as operações, também disse desconhecer a identidade do homem desaparecido. “Disseram que era um senhor de Angeja que agora estava a viver em Cacia, mas desconheço quem seja”, referiu ao autarca.

As piores cheias desde 1963
A zona onde despareceu este ciclista é uma das mais afectadas pelas inundações. “Já não me lembrou de uma cheia assim desde 1963”, assegurou Casimiro Calafate, ao mesmo tempo que comentava que, só depois de a água baixar, é que as autoridades poderão ter uma real noção dos estragos. “Estes campos agrícolas e as estradas estarão certamente muito afectados”, perspectivou o presidente da junta.

Por força da subida do nível das águas, a auto-estrada 25 ainda se mantém cortada junto ao nó de Angeja, assim como a Estrada Nacional 109 entre Angeja e Cacia.

Também na região de Aveiro, mais concretamente em Águeda, mantém-se interrompido o trânsito na estrada nacional n.º 1 e em várias estradas municipais, devido ao seu alagamento.