Quer saber quanto vai custar uma obra? A Ordem dos Arquitectos diz-lhe

O simulador de custo de obra é uma das ferramentas digitais lançadas pela Ordem, no âmbito do programa "escolha–arquitectura".

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Como posso encontrar um arquitecto? E quanto vão custar as obras que pretendo fazer? Por acreditar que estas são perguntas para as quais é muitas vezes difícil encontrar respostas, a Ordem dos Arquitectos (OA) criou duas ferramentas, disponíveis na Internet, que pretendem também ser um contributo para “trazer a arquitectura para o quotidiano das pessoas”.

Chama-se "escolha–arquitectura" o programa que foi lançado esta terça-feira pela Secção Regional Sul da OA. A iniciativa, que “visa aproximar a arquitectura de públicos mais alargados”, prolonga-se até Julho e inclui concursos, filmes, uma exposição no Centro Cultural de Belém e uma publicação.   

Este programa contempla também a criação de três ferramentas digitais: as duas já mencionadas e uma última relacionada com o lançamento de concursos de arquitectura e destinada a entidades públicas e privadas. Todas elas estão disponíveis através do endereço www.escolha-arquitectura.pt

A primeira consiste num directório de arquitectos, onde os interessados poderão fazer pesquisas em função do perfil do arquitecto (por localização, anos de experiência, especialização ou experiência internacional) ou em função do projecto (uso, tipo de construção, localização, área de construção e custo de obra). Aí, os potenciais clientes poderão também aceder a um portefólio de cinco obras de cada um dos arquitectos.

A ideia, explica João Costa Ribeiro, vogal do conselho directivo da Secção Regional Sul, é ajudar as pessoas a encontrar arquitectos, numa altura em que socorrerem-se de uma lista telefónica já não é uma opção. Este novo directório, acrescenta, é “uma versão revista e aumentada” de um outro que tinha sido lançado pela OA há alguns anos, no âmbito de um programa designado Trabalhar Com Arquitectos. 

Quanto ao simulador do custo de obra, aquilo que se pretende é que os interessados possam obter, de forma rápida e gratuita, uma estimativa de quanto custará fazer uma determinada obra. Tendo como filtros a localização, o uso, o tipo de obra (nova ou de reabilitação), o contexto urbano e o nível de acabamentos, o simulador indica a média do custo de construção por metro quadrado de obras realizadas nos últimos três anos.

“Assim a pessoa já tem uma ordem de grandeza. É uma ferramenta que faz muita falta”, afirma João Costa Ribeiro. Já o presidente da Secção Regional Sul, Rui Alexandre, frisa que o grande objectivo é, através de ferramentas como esta, “simplificar” a ideia de se trabalhar com um arquitecto e também a própria “comunicação” entre os profissionais e os seus clientes.

João Costa Ribeiro acrescenta que a relação entre ambos pode ser “muito íntima, muito afectiva”, ou não fosse o arquitecto o “mediador” entre as “vontades” do proprietário e a obra que vai permitir dar-lhes forma. Para transmitir essa ideia, o "escolha–arquitectura" incluiu a produção de seis pequenos filmes, através dos quais se pretende dar a conhecer “estórias que ligaram clientes e arquitectos”.

A partir do fim do mês, a Garagem Sul do Centro Cultural de Belém acolherá a exposição Arquitectura em Concurso: Percurso crítico pela modernidade portuguesa, que estará patente até 29 de Maio. Segundo a OA, esta exposição, que terá como curador Luís Santiago Baptista, pretende fazer, “a partir dos concursos de arquitectura, uma leitura das transformações em Portugal desde o início do século XX”. A mostra dará origem a uma “publicação de investigação”, que “propõe uma abordagem panorâmica” desses concursos, “coligindo a informação disponível e apresentando nova reflexão crítica”.

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