A equipa da Polícia Marítima (PM) portuguesa, que se encontra na ilha grega de Lesbos, resgatou em segurança e transportou para terra 2952 imigrantes e refugiados, entre 1 de Outubro de 2015 e 5 de Maio. A informação foi avançada nesta quinta-feira, em comunicado divulgado no site da polícia. “A equipa da PM encontrou, na maioria das vezes, cenários de grande stress, botes e embarcações sobrelotadas, sem condições de navegabilidade e em perigo eminente de naufrágio."

As pessoas resgatadas "procuravam desesperadamente chegar à Grécia, mesmo sem quaisquer condições de segurança, muitas delas sem coletes salva-vidas, totalmente molhadas e correndo sérios riscos de entrada em hipotermia”, descreve o comunicado.

“Os casos mais graves são dos bebés e crianças cuja resistência ao frio é muito menor e a quem a PM deu especial atenção”, prossegue.

Integrada na missão da agência Frontex Poseidon Rapid Intervention, a colaborar no controlo de fronteiras da União Europeia, a equipa da PM faz o balanço dos últimos meses de actuação: das 2952 pessoas resgatadas, 806 eram bebés e crianças e 637 mulheres. Outras cinco pessoas foram recuperadas já mortas e cinco facilitadores detidos.

Mais números:  71 missões de busca e salvamento, 1305 horas de navegação, 7200 milhas náuticas efectuadas, apoio a 200 embarcações e a mais de 10 mil imigrantes e refugiados.

Entretanto, desde 28 de Março encontra-se a operar em Molivos, uma Viatura de Vigilância Costeira (VVC), com o objectivo de reforçar a capacidade operacional da PM, ao garantir a vigilância costeira da área de operações em simultâneo e em coordenação com as embarcações Tejo e Arade. A VVC efectuou já 225 horas de missão e controlou mais de 380 alvos.

Este reforço, diz a PM, em muito tem contribuído para o sucesso no controlo da fronteira da União Europeia na zona da sua responsabilidade, constituindo-se como um elemento dissuasor para facilitadores que operam na área.