A PSP impediu a entrada de um grupo de cerca de 30 cidadãos ucranianos com uma bandeira de “grandes dimensões” daquele país no jogo da passada terça-feira entre o Benfica e os russos do Zenit para a Liga dos Campeões.

Segundo explicou ao PÚBLICO o subcomissário Hugo Abreu, do departamento de relações públicas da PSP, o grupo de ucranianos tentou introduzir uma “bandeira de grandes dimensões” no estádio da Luz com o intuito de a desfraldar durante o jogo com a equipa russa, país que mantém um conflito militar com a Ucrânia, depois da invasão da península da Crimeia por forças pró-Moscovo.

“Aplicamos a lei portuguesa [artigo 39.º da Lei do Desporto] que impede apelos ao racismo e à violência, ou que possam causar violência, nos recintos desportivos. A bandeira nada tinha a ver com o jogo em questão e podia ser interpretada como uma provocação e levar a actos de violência face ao conflito actual entre os dois países”, explicou o subcomissário da PSP.

A bandeira, acrescenta, “tinha óbvios objectivos políticos” e “nada tinha a ver com o jogo em questão” que, “ainda por cima, tinha transmissão internacional”.