PSD recusou audição de Joaquim Azevedo porque o pedido do PS estava "mal feito"

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O PSD rejeitou nesta quinta-feira um requerimento do PS para uma audição do coordenador do grupo de trabalho para a promoção da natalidade, Joaquim Azevedo, por considerar que estava mal feito e não iria cumprir o objectivo proposto.

"O requerimento do grupo parlamentar do PS estava mal feito, porque o professor Joaquim Azevedo é coordenador de um grupo de trabalho criado pelo PSD e não de um grupo de trabalho criado pelo Governo", justificou, em declarações à agência Lusa, a deputada social-democrata Mónica Ferro.

Há cerca de duas semanas o líder da comissão multidisciplinar que o PSD encarregou de apresentar um plano de promoção da natalidade denunciou, em entrevista à Antena 1, a existência de empresas que obrigam as suas funcionárias a comprometer-se, por escrito, que não vão engravidar nos próximos cinco anos.

Joaquim Azevedo não revelou, no entanto, o nome de nenhuma das empresas que praticam este ilícito.

Na sequência daquelas declarações públicas, o Partido Socialista pediu a audição do professor universitário na subcomissão parlamentar da Igualdade, pedido que foi inviabilizado pelos partidos da maioria.

Mónica Ferro disse à agência Lusa que o seu partido, o PSD, "condena veementemente" a alegada prática empresarial denunciada por Joaquim Azevedo, mas considerou o requerimento "inoportuno e inadequado".

"O professor Joaquim Azevedo tem de fazer a denúncia junto da Comissão para a Igualdade e da Autoridade para as Condições do Trabalho e não na subcomissão parlamentar. Confiamos que o fará quando tiver as provas necessárias. Chamá-lo agora não traria nada de novo", concluiu a parlamentar social-democrata.

 

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