Professores podem ficar a tempo inteiro nas CPCJ

Ministro admite a possibilidade para evitar mobilidade dos docentes.

O ministro da Educação, Nuno Crato, admitiu nesta quarta-feira, no Parlamento, a possibilidade de colocar professores a tempo integral nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), para contrariar os efeitos da mobilidade especial.

“Há uma série de medidas, por exemplo, os professores poderem estar a tempo integral nas CPCJ e aí poderem ajudar à recuperação dos alunos e a combater o insucesso escolar”, disse o ministro, durante uma audição na Comissão de Educação da Assembleia da República.

“Há dezenas de medidas que estão anunciadas pelo Governo e que, como nós dissemos, vão reduzir a possibilidade de mobilidade especial praticamente a zero”, declarou Nuno Crato.

Segundo o ministro, o que falta é “bom senso para se saber o que se está discutir”.

A mobilidade especial que o Governo pretende aplicar à função pública é um dos argumentos dos sindicatos para a convocação da greve às avaliações e ao primeiro dia de exames nacionais no ensino secundário, 17 de Junho.

Na quinta-feira, há ainda uma ronda negocial entre as partes no Ministério da Educação, estando em curso a definição de serviços mínimos por um colégio arbitral.
 

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