Portugueses são os maiores consumidores de antidepressivos na UE

Os portugueses são os maiores consumidores de antidepressivos na União Europeia (UE), revela o último Eurobarómetro sobre Saúde Mental, hoje divulgado pela Comissão Europeia. Um em cada sete portugueses consumiu este tipo de medicamentos nos últimos doze meses, mais do dobro da média da UE (sete por cento).

A seguir a Portugal no uso de antidepressivos (15 por cento), surgem a Lituânia (11 por cento), Malta e França (ambos com 10 por cento).

Comparando os dados deste inquérito com o último Eurobarómetro sobre Saúde Mental (divulgado em 2006) conclui-se ainda que a percentagem de portugueses que procurou ajuda de profissionais devido a problemas psicológicos e emocionais nos últimos 12 meses aumentou significativamente desde essa altura (cinco por cento).

Agora, mais de um quinto (21 por cento) admitiu recorrer a apoio de especialistas, uma percentagem também superior à média da UE. Portugal não é, porém, o pior país a este nível (a Roménia está no topo), apesar de se encontrar no grupo dos que apresentam com subidas mais pronuncidas desde 2006.

Apesar disto, o absentismo do trabalho é mais baixo do que a média entre os inquiridos portugueses, com 88 por cento a afirmar que não faltou nas últimas quatro semanas. Mas os portugueses já estão acima da média da UE quando questionados sobre a segurança do seu trabalho (29 por cento acreditam que está ameaçada).

Num tudo são más notícias, porém. A percentagem de portugueses que declararam que "nunca" ou "raramente" se sentiram “tensos” e “cansados” é inferior à média dos outros países da UE.

Para este trabalho foram inquiridas 26 800 pessoas, 1032 das quais portuguesas.

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