Dois portugueses foram interceptados pela Guardia Civil espanhola com um milhão de euros em notas (1.027.350 euros) dentro de uma mala e de uma bolsa. O caso aconteceu na madrugada da última terça-feira, quando os dois cidadãos regressavam a Portugal pela fronteira do Caia, entre Elvas e Badajoz.

O carro de matrícula portuguesa levantou suspeitas e, após a inspecção feita pela patrulha fiscal, foi detectado o dinheiro que “carecia de declaração de saída de capitais para fora” de Espanha, referiu a Guardia Civil espanhola.

O condutor procurou justificar o transporte de uma tão avultada verba dinheiro, alegando que era proveniente de negócios realizados em Madrid e que tinha como destino Lisboa. Por se ter concluído que a operação não estava legalmente fundamentada, os agentes da autoridade procederam à sua retenção e ao posterior depósito numa agência do Banco de Espanha, na cidade de Badajoz.

A Guardia Civil adiantou que o proprietário do dinheiro “disse ignorar que tinha de realizar uma declaração de capitais para sair do país”, informou a Guarda Civil.

Com base no Regime Jurídico dos Movimentos de Capitais e das Transacções Económicas com o Exterior e Prevenção de Bloqueio de Capitais, o proprietário do dinheiro apreendido terá agora de provar que o montante apreendido era proveniente de actividades legais. Mesmo assim, não se livra de aplicação de sanções que estão previstas na legislação espanhola.

Em qualquer saída ou entrada no território espanhol de uma quantia pecuniária igual ou superior a dez mil euros por pessoa e viagem é necessário que quem a transporta obtenha previamente uma declaração legal que justifique a sua origem, exigência que o seu proprietário ignorou.