Portuguesa raptada em Maputo

Jovem de 19 anos tem nacionalidade portuguesa e moçambicana. Foi raptada após a simulação de um acidente e envolveu troca de tiros entre a segurança privada da mulher, filha de um comerciante na capital moçambicana, e os raptores.

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A cidade de Maputo vive dias de crescente insegurança MANUEL ROBERTO/ARQUIVO

Uma portuguesa de 19 anos foi raptada esta sexta-feira no centro de Maputo, avançou a televisão privada STV. Contactado pela agência Lusa, o Consulado Geral de Portugal em Maputo confirmou que se trata de cidadã portuguesa e moçambicana, acrescentando que já está a ser prestado apoio à família.

Segundo a STV, o crime ocorreu na manhã desta sexta-feira, no centro de Maputo, após a simulação de um acidente e envolveu troca de tiros entre a segurança privada da mulher, filha de um comerciante na capital moçambicana, e os raptores.

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Maputo disse à Lusa não ter informações sobre o caso, remetendo esclarecimentos para mais tarde.

Este é o terceiro rapto envolvendo cidadãos portugueses em Maputo desde o início do ano. Na primeira semana de Fevereiro, um homem foi levado numa das artérias mais movimentadas da capital e, dois dias mais tarde, uma mulher foi raptada na avenida onde se situa a Presidência da República.

Os raptos destes dois cidadãos portugueses juntaram-se ao de um empresário moçambicano, que na mesma semana foi também levado por desconhecidos armados.

O novo Governo moçambicano, empossado em Janeiro, declarou o combate à criminalidade organizada como uma das suas prioridades e vários quadros de chefia de forças policiais foram substituídos este mês, incluindo o director da Polícia de Investigação Criminal.

As autoridades policiais enfrentam uma pressão crescente da opinião pública, agravada no início de Março pelo assassínio a tiro do constitucionalista Gilles Cistac, no centro da capital, num crime que assumiu contornos políticos.

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