Portugal, um país em decrescimento

No dia 1 de Julho, o PÚBLICO dava conta das conclusões do mais recente inquérito à população em idade fértil, com resultados alarmantes para a demografia: dos inquiridos, só cerca de 20% pensavam ter filhos nos três anos seguintes ao inquérito, contra cerca de 20% que não contavam ter filhos nesse período e 53% que não queriam mais filhos. Tudo somado, contra uma minoria (8%) que não tinha nem queria ter filhos, a maioria adiava essa decisão e com a ideia de não passar do filho único. Pois bem, o resultado real desse estado de espírito surge agora no Eurostat: Portugal, que tem vindo a baixar a taxa bruta de natalidade nos últimos anos (9,4 nascimentos por cada mil habitantes em 2010, 8,5 em 2012 e 7,9 em 2013), é já o país da União Europeia onde nascem menos bebés. Perspectivas? Poderemos ser apenas 8,6 ou 6,3 milhões de habitantes (segundo os cálculos) em 2060. Um péssimo cenário, que exige medidas efectivas e urgentes.

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