População em risco de pobreza manteve-se em 2014

INE alerta para o agravamento do risco de pobreza ou exclusão social entre as mulheres

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As famílias com crianças são as que mais frequentemente se encontram em privação Paulo Pimenta/Arquivo

A população em risco de pobreza ou exclusão social em Portugal manteve-se nos 27,5% em 2014, atingindo mais de 2,8 milhões de pessoas, segundo dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam para um agravamento da situação entre as mulheres. Apesar de as percentagens não mostrarem uma alteração entre 2013 e 2014, houve menos 14.431 pessoas em situação de risco de pobreza ou exclusão social no ano passado, totalizando 2.853.076.

Esta situação pode ter sido reflexo da população residente em Portugal ter diminuído naqueles dois anos, passando de 2.867.507 em 2013 para 2.853.076 em 2014. Segundo os dados actualizados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR), 28,1% das mulheres residentes em Portugal estavam em risco de pobreza ou exclusão social no ano passado, uma percentagem que representa 1.531.774 mulheres. Comparando com 2013, verificou-se um aumento de 0,7%, referem os dados do INE.

Já entre o sexo masculino, a situação inverteu-se com uma redução de casos de risco de pobreza ou exclusão social: em 2014, havia 1.314.619 homens nesta situação (26,7%), menos 0,8% do que no ano anterior.

O indicador população residente em risco de pobreza ou exclusão social combina dois indicadores construídos com base em informação relativa ao ano de referência do rendimento (taxa de risco de pobreza após transferências sociais e intensidade laboral per capita muito reduzida) com um indicador com informação relativa ao ano do inquérito (taxa de privação material severa).

Entre 2009 e 2014, a população residente em risco de pobreza ou exclusão social aumentou de 24,9% para 27,5% em 2014.

Dados provisórios do INE relativos a 2014 sobre a situação de privação material referem que nesse ano 25,7% dos residentes em Portugal viviam em privação material e 10,6% em situação de privação material severa, dados semelhantes aos registados no ano anterior. As famílias com crianças são as que mais frequentemente se encontram em privação material (26,3%) e em privação material severa (11,3%).

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