O papa celebrou esta quinta-feira em português a missa de acção de graças ao santo José de Anchieta, canonizado a 3 de Abril, declarando que a causa da santidade do "Apóstolo do Brasil" foi "não temer a alegria".

Francisco explicou que o santo, nascido em Tenerife, nas Canárias, foi um exemplo dessa alegria, fruto da "força de atracção dos discípulos de Jesus". E sublinhou que era isso precisamente que Anchieta ensinava, a "sua alegria", que "deve ser uma herança" para os fiéis.

A missa foi celebrada em Roma, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, um lugar simbólico, já que o espanhol Loyola foi o fundador da Companhia de Jesus, ordem religiosa a que pertenciam Anchieta e o próprio papa. Estiveram presentes na cerimónia fiéis, religiosos e autoridade, tanto de Espanha como do Brasil, entre os quais o vice-presidente brasileiro, Michel Temer.

O próprio Francisco assinou o decreto para a canonização de Anchieta (que morreu em 1597), graças à chamada "canonização equivalente", que não exige milagres mas apenas reconhecimento do fervor popular.

José de Anchieta - que ainda muito novo foi estudar para Portugal, onde entrou para a Companhia de Jesus - é conhecido como o apóstolo do Brasil pelo seu trabalho evangelizador e humanitário, sobretudo com os índios, que protegia da violência e escravidão. É venerado especialmente em São Paulo, cidade que ajudou a fundar.