O caso do Inglês e a tômbola dos exames

O Português veio à tona, ao fim de três anos (de 8,9 valores pra 10,7) e a Matemática continua a afundar-se (de 8,2 para 7,8): esta pode ser, numa síntese simplista, a primeira conclusão dos resultados da 1.ª fase dos exames do secundário, ontem divulgados. Houve outras subidas: Física e Química, ligeira (7,8 para 8,8), e Biologia e Geologia, maior (8,1 para 10,7). Mas no cômputo geral oito disciplinas tiveram média negativa e as restantes 15 registaram notas acima dos 9,4 valores. O que diz isto do actual ensino ou dos constrangimentos a que ele está sujeito é coisa que há-de ocupar vários analistas e professores nos próximos dias, vésperas da segunda fase dos exames. Mas a grande preocupação do ministro foi o Inglês. Os maus resultados do teste de diagnóstico no 9.º ano levaram Nuno Crato a anunciar que o ensino do Inglês vai começar no 3.º ano e não no 5.º, e já em 2015/2016. Uma mera fuga para a frente, sem olhar a alertas antigos?

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