Ministro diz que novo hospital de Lisboa não avança tal como está

Projecto representa riscos desnecessários para o Estado. Relatório de grupo de trabalho será conhecido na próxima semana.

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Paulo Macedo esteve hoje nas comemorações do 10.º aniversário do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa José Sarmento Matos

O ministro da Saúde revelou neste sábado que os peritos que avaliaram o projecto do futuro Hospital de Lisboa Oriental concluíram que o mesmo representava riscos desnecessários para o Estado, embora defendam a construção deste hospital.

Paulo Macedo falava à agência Lusa à margem da cerimónia de abertura das celebrações do 10.º aniversário do Instituto de Medicina Molecular (IMM), que hoje decorrem em Lisboa.

A Comissão de Avaliação da Prossecução de Desenvolvimento do Projecto do Hospital de Lisboa Oriental, presidida pelo ex-ministro da Saúde Luís Filipe Pereira, tomou posse e iniciou trabalhos a 5 de Março.

Na altura, o ministro disse que chegara “o momento de avaliar qual a melhor solução dentro do actual quadro legal e financeiro, no sentido de se avançar com a construção” da nova unidade de saúde.

Hoje, Paulo Macedo disse que o resultado da avaliação dos peritos deverá ser conhecido durante a próxima semana, revelando que estes terão defendido a não adjudicação nestas condições.

Segundo o ministro, em causa estarão riscos que o Estado correria se o projecto fosse adjudicado tal como está, e que os peritos classificaram de desnecessários. O grupo de trabalho considerou ainda que “se justifica a construção do novo hospital”, adiantou.

A abertura do futuro Hospital de Lisboa Oriental — planeado para receber serviços dos hospitais de São José, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia, Capuchos, Desterro e a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) — estava prevista para em 2016.

 

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