Governo aprova estatutos da nova Universidade de Lisboa

Instituição que resulta da fusão das actuais universidades de Lisboa e Técnica de Lisboa será a maior do país e uma das maiores da Europa, com quase 50 mil alunos.

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A nova universidade terá um quarto dos alunos do superior em Portugal Rita Chantre

Os estatutos da nova Universidade de Lisboa, que resulta da fusão das actuais universidades de Lisboa e Técnica de Lisboa, foram homologados ontem pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, informa um comunicado do ministério divulgado nesta quinta-feira.

A nova universidade funcionará já nos novos moldes a partir do próximo ano lectivo, faltando apenas eleger o reitor e o respectivo conselho geral.

A fusão partiu de uma iniciativa dos reitores de ambas as universidades e teve o apoio e o acompanhamento do Governo, que aprovou por decreto-lei no último dia de 2012 a criação desta que vai ser a maior instituição de ensino superior em Portugal e uma das maiores à escala europeia.

A Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST), a faculdade com o maior número de alunos da nova universidade, vê a fusão com bons olhos. A nova Universidade de Lisboa “traz vantagens [a todos os estudantes]. Os estudantes não as sentem, mas há vantagens porque permite articulação entre cursos e entre instituições”, disse ao PÚBLICO o presidente da AEIST, João Pedro Costa.

“Na nova universidade ganhamos mais projecção internacional e isso é óptimo para nós”, acrescenta o presidente da AEIST. “Também ganhamos uma maior ligação à cidade, o que é bastante importante.”

Este reforço da ligação à capital é uma das preocupações expressas nos estatutos da nova universidade. “A universidade tem uma ligação forte a Lisboa, assumindo a sua responsabilidade na vida da cidade e na transformação de Lisboa numa das grandes capitais europeias da cultura e do conhecimento”, lê-se no documento.

A articulação entre escolas referida por João Costa é outro dos benefícios identificados pelo Ministério da Educação e da Ciência (MEC) no acordo de fusão. No comunicado hoje divulgado, o MEC diz que a agregação das universidades “tem valor de exemplo” para o mundo universitário em Portugal, uma vez que é necessário “racionalizar a oferta formativa, no sentido de melhorar a qualidade, optimizar o aproveitamento dos recursos e evitar a sobreposição de ofertas”.

Esta nova instituição terá no total mais de 47 mil estudantes, número que representa cerca de 26% dos alunos do ensino superior em Portugal, divididos por 18 escolas e institutos. O Instituto Superior Técnico é a escola com a maior fatia de alunos: cerca de 12 mil.

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