Ministério da Saúde detectou mais de 30 casos de fraude em 2014

Montantes da fraude ainda não estão totalmente contabilizados, mas os encargos do Serviço Nacional de Saúde com os prevaricadores chegam a 347 milhões de euros.

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miguel madeira

Um balanço oficial relativo ao combate à fraude na saúde indica que o Centro de Conferências de Facturas do Ministério da Saúde detectou 31 situações irregulares em 2014, sete das quais foram comunicadas à PJ e outras 17 estão em vias de o ser. Outros sete casos foram comunicados à Inspecção-Geral das Actividades em Saúde.

Das 31 situações irregulares encontradas pela Conferência de Facturas, 15 correspondem a eventuais irregularidades com prescritores (médicos) e 16 referem-se a prestadores, com um encargo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a totalizar 118 milhões de euros.

Também no ano passado, a Autoridade do Medicamento (Infarmed) efectuou 11 participações à PJ, no âmbito das 1358 inspecções realizadas. Destas, 845 foram em farmácias e 163 em distribuidores de medicamentos. Além dos casos enviados para a PJ, foram instaurados 91 processos de contra-ordenação.

No balanço referente à fraude na saúde, o Ministério destaca a importante colaboração da Polícia Judiciária e lembra que esta polícia já divulgou dez operações de combate à fraude no ano passado. Destas operações resultaram 67 arguidos e 23 suspeitos, tendo sido ouvidas mais de 400 testemunhas.

Os montantes da fraude ainda não se encontram totalmente contabilizados, mas os encargos do SNS com os prevaricadores ascendem a 347 milhões de euros. Isto significa que mais de 300 milhões de euros foram pagos pelo SNS aos prevaricadores, mas nem todo o dinheiro pode estar ligado à fraude, podendo haver uma fatia que é legal.

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