Massacre de Orlando evocado na marcha do orgulho gay em Lisboa

Organizadores destacam progressos dos últimos anos em Portugal mas admitem que muito há ainda a fazer para pôr acabar com o preconceito.

Foto
REUTERS/Rafael Marchante

Milhares de pessoas reuniram-se na tarde deste sábado, no Príncipe Real, em Lisboa, para a 17.ª marcha do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), que terminará na Ribeira das Naus. É a 17.ª marcha LGBT em Portugal e tem como lema “celebrar as diferenças, transcender o género”.

“ILGA Portugal a conquistar a igualdade desde 1996”, “Contra a invisibilidade”, “Keep kissing”, “Não aos homicídios” e “Orlando é aqui"— estes últimos numa alusão ao massacre numa discoteca gay de Orlando, nos Estados Unidos — foram alguns dos lemas apresentados em cartazes exibidos pelos manifestantes.

Em declarações à agência Lusa, as porta-vozes do Orgulho LGBT, Alice Cunha e Ana Aresta, mostraram-se satisfeitas com o grau de adesão à marcha. Ambas reconheceram que, nos últimos anos, foram alcançadas várias conquistas legais para esta causa, mas admitiram que ainda há muito por fazer para assegurar a igualdade de género.

Também presente na manifestação, a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Sandra Cunha, realçou que a sociedade está cada vez menos preconceituosa e do lado desta causa, em prol da igualdade de género.

Segundo a organização, a manifestação visa também chamar a atenção para o acesso à saúde que está longe de ser igual para todas as pessoas, “porque o género continua a pôr em causa o acesso à saúde sexual e reprodutiva, [e] porque o preconceito, sempre assente no género, está também na base dos que a querem estigmatizante, discriminatória e errada”.

Os manifestantes saíram à rua para recusar toda a violência contra a igualdade de género como “os crimes de ódio, o bullying nas escolas, mas também em casa, ou no local de trabalho e os suicídios de quem sofre por se afirmar”.

Sugerir correcção
Comentar