Mais de metade das farmácias do país com fornecimentos suspensos

ANF estima em 1600 o número de farmácias com dívidas a grossistas. Dezembro registou a maior quebra do ano nas vendas de medicamentos.

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Em Dezembro de 2012 as farmácias facturaram menos 48,3 milhões de euros em fármacos Sara Matos

Mais de metade das farmácias do país tinham em Dezembro os seus fornecimentos de medicamentos suspensos por causa de dívidas.

Segundo dados da associação nacional do sector, no mês passado o número de estabelecimentos com entrega de fármacos suspensa por pelo menos um grossista era de 1600, ou seja, mais de 55% do total das farmácias do país.

“O montante global da dívida litigiosa aos grossistas era nesta altura superior a 290 milhões de euros. A esta dívida acrescem ainda 40 milhões de pagamentos em atraso em fase pré-litigiosa”, especifica a Associação Nacional de Farmácias.

De acordo com a mesma fonte de informação, o mês de Dezembro registou a maior quebra do ano de 2012 nas vendas de medicamentos, com um decréscimo de 18% (48,3 milhões de euros) face ao período homólogo do ano anterior.

“No total de 2011 e 2012, a redução da despesa pública com medicamentos dispensados nas farmácias será superior a 600 milhões de euros”, estima a associação, acrescentando que este cenário “sem precedentes” está a ter “efeitos devastadores”.

“A dificuldade de abastecimento que os utentes sentem e o encerramento de farmácias é apenas o primeiro reflexo da degradação”, avisam os representantes do sector.

 
 
 
 
 

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