Justiça falhou no caso dos submarinos

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"O caso dos submarinos é daqueles que dará uma imagem não muito simpática do Ministério Público" Joana Bougard

Joana Marques Vidal reconhece que o caso dos submarinos deve ser estudado por aquilo em que o sistema judicial falhou, distribuindo responsabilidades pelo “Ministério Público, mas também órgãos de polícia criminal, peritos e outros órgãos”.

Temos falado em casos de sucesso, mas há outros que correram mal como o dos submarinos. Oito anos de investigação, três equipas de magistrados a dirigi-lo e um arquivamento que assume que ficam muitas dúvidas por esclarecer. Que imagem dá isto da Justiça?
O caso dos submarinos é daqueles que dará uma imagem não muito simpática do Ministério Público, mas também órgãos de polícia criminal, peritos e outros órgãos. É um caso que devemos analisar com calma. Ver onde houve passos menos correctos e tornar-se um case study que nos permita melhorar a nossa capacidade de investigação criminal. Aí o MP terá que reconhecer que podia ter tido um desempenho mais adequado.

Passaram quase seis meses desde o arranque da nova organização dos tribunais. Que balanço faz da reforma?
Em números é muito cedo. Aquilo que é uma gestão comum pode potenciar uma melhor resolução dos problemas. Foi prejudicada pelo problema do Citius. O Citius está a funcionar mas ainda é necessário um apoio informático localmente muito activo para poder ultrapassar pequenas perturbações locais, por exemplo no acesso a processos antigos.

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