Juiz já tem relatórios para três arguidos dos vistos gold deixarem prisão

Ex-director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras deverá ir para casa com pulseira electrónica, tal como ex-secretária-geral do Ministério da Justiça e empresário.

Foto
João Perna esteve preso preventivamente durante um mês Foto: Paulo Ricca

Três dos arguidos no caso dos vistos gold estão em prisão preventiva desde sexta-feira à espera de uma decisão do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre para saberem se podem ir para casa com pulseira electrónica.

Quando decretou as medidas de coacção a onze dos arguidos da chamada Operação Labirinto, o magistrado decidiu que apenas dois deles teriam de aguardar o desfecho das investigações sobre os vistos dourados num estabelecimento prisional: o ex-presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, e o empresário chinês Zhu Xiaodong.

 
Já o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras poderia ver esta medida substituída por prisão domiciliária, o mesmo sucedendo com a secretária-geral do Ministério da Justiça e o empresário Jaime Couto Alves. Para isso, teriam de ser alvo de um relatório social favorável por parte do Instituto de Reinserção Social, cabendo a decisão final a Carlos Alexandre.

 
Os relatórios sociais sobre Manuel Palos, Maria Antónia Anes e o empresário português foram entregues no tribunal na passada sexta-feira, mas nessa altura já Carlos Alexandre estava ocupado com o processo em que foi detido José Sócrates e restantes arguidos do caso em que o ex-primeiro-ministro é suspeito de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Jaime Couto Alves integrou há alguns anos os quadros da Octapharma Brasil, uma filial da multinacional suiça de que o ex-primeiro-ministro é agora consultor. Além disso é administrador de uma empresa farmacêutica que faz parte de um grupo controlado por Joaquim Paulo Lalanda e Castro, que dirige a Octapharma em Portugal.

 

Sugerir correcção
Ler 3 comentários