Joana Marques Vidal quer investigações feitas “em tempo útil e razoável”

Procuradora-Geral da República deu posse ao novo director do DCIAP e confirmou que Cândida Almeida irá continuar no Ministério Público.

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Sai Cândida Almeida, entra Amadeu Guerra Enric Vives-Rubio

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, falou nesta segunda-feira na necessidade de as investigações serem feitas “em tempo útil e razoável”, de forma a permitirem “a reconquista da confiança do cidadão na justiça”.

Na tomada de posse do novo director do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Joana Marques Vidal declarou-se convicta de que a anterior responsável pelo combate à corrupção e à grande criminalidade económico-financeira, Cândida Almeida, compreendeu como “a mudança de pessoas constitui factor essencial do normal funcionamento de qualquer instituição, reflectindo [...] a sua vitalidade”.

De resto, referiu, Cândida Almeida irá continuar a trabalhar no Ministério Público, “no exercício de outras funções igualmente relevantes”. Quais, não disse. A própria escusou-se a prestar quaisquer declarações aos jornalistas durante a cerimónia.

Também o recém-empossado director do DCIAP, Amadeu Guerra, reconheceu que o sistema judicial se encontra abalado por uma crise de credibilidade de confiança.

Revelando que não lhe foi fácil aceitar o convite para o cargo e estar ciente das dificuldades que vai encontrar, o magistrado de 58 anos admitiu que a sua vida irá sofrer uma mudança: “Sou defensor de uma actuação discreta e assim pretendia continuar. Estou consciente de que a direcção do DCIAP tem uma certa notoriedade pública, na medida em que aqui são investigados processos de especial complexidade e relevância social, cujos resultados são determinantes para aprofundar a defesa da legalidade enquanto componente essencial do Estado de direito”. 
 
 

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