Investigadores da PJ iniciam greve “por tempo indeterminado” ao trabalho suplementar

Paralisação é feita em protesto contra a não aprovação pelo Ministério da Justiça do estatuto profissional da classe.

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A violação foi consumada num apartamento na Grande Lisboa Sérgio Azenha

A Associação Sindical dos Funcionários Judiciais (ASFIC/PJ) inicia na quarta-feira uma greve ao trabalho suplementar e às unidades de prevenção, em protesto contra a não aprovação pelo Ministério da Justiça do estatuto profissional da classe.

O presidente da ASFIC anunciou que vai divulgar nesta segunda-feira, antes da cerimónia do 69.º aniversário da Polícia Judiciária (PJ), marcada para as 15h30, uma carta aberta enviada à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, em que se sublinha que não foi cumprida a promessa governamental feita à oito meses de aprovação do estatuto profissional dos investigadores criminais.

Carlos Garcia entende que o facto de não haver ainda um estatuto profissional dos funcionários da investigação criminal é "também da responsabilidade da actual direcção da Polícia Judiciária". "Sentimos que vivemos uma polícia que definha, sem liderança, sem estratégia, sem objectivos", criticou o presidente da ASFIC, observando que a greve, a iniciar às 00h00 de quarta-feira, pode afectar praticamente tudo, porque, a partir das 18h00, haverá apenas o serviço de piquete, que às vezes chega a funcionar com apenas um funcionário.

Segundo o pré-aviso do protesto, a greve será por tempo indeterminado. A cerimónia de aniversário da PJ, marcada para a nova sede da Polícia Judiciária, em Lisboa, contará com a presença da ministra da Justiça.

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