Homem usou imagens de telemóvel para burla, extorsão e coacção sexual

Após a compra de um telemóvel num site de vendas online, chantageou a anterior proprietária sob ameaça de divulgar as fotografias íntimas que o telemóvel continha.

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O Facebook tem apostado em ser uma ferramenta de comunicação também nos telemóveis Dados Ruvic/Reuters

A PJ deteve e identificou, esta quinta-feira na Figueira da Foz, um homem de 31 anos acusado de chantagear, de forma continuada uma mulher jovem, depois de ter adquirido o seu telemóvel e usado os seus dados e imagens íntimas para a chantagear. O alegado suspeito é ainda acusado da prática continuada dos crimes de burla, extorsão, coacção sexual e falsidade informática.

Os crimes terão começado no Verão passado, na sequência da compra, via Internet, do telemóvel da vítima. O burlão terá encomendado o telemóvel num dos sites de venda online onde o anúncio estava, mas nunca chegou a pagar o valor. Fonte da PJ informou ao PÚBLICO que a “vítima confiou no comprador, enviando-lhe o telemóvel antes de receber o pagamento”. Já na posse do equipamento, “retirou ficheiros de imagens comprometedoras para aquela, que, inadvertidamente, não haviam sido apagadas.”, informou a PJ em comunicado.

Com acesso aos contactos, fotografias e redes sociais da vítima, o burlão começou e chantagear a vítima pedindo entregas em dinheiro, sobre ameaça de divulgação das imagens. Nos últimos dias antes da detenção, e aproveitando a situação de pânico em que se encontrava a vítima, chegou mesmo a exigir que a mulher “se disponibilizasse para actos de natureza sexual”.

Perante as ameaças contínuas a vítima denunciou de imediato o homem às autoridades, o que possibilitou à PJ localizá-lo ainda na posse do aparelho.

A PJ recomenda ainda “o extremo cuidado que todos devem ter em apagar, de forma segura, todos os seus dados e ficheiros de quaisquer suportes electrónicos, telefones, computadores, consolas, tablets, pen drives, discos rígidos e outros similares que pretendam transaccionar, atento o tipo de uso a que esses dados e ficheiros podem estar sujeitos e que podem causar graves danos, quer no plano pessoal quer no plano profissional”.

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