Helicóptero de combate a fogos que caiu já foi substituído

Aparelho acidentado foi retirado esta quarta-feira do lago onde caiu. Estava a 30 metros de profundidade e apresenta "danos substanciais"

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Frota de helicópteros ligeiros do Estado já estava reduzida a três aparelhos. DR

O helicóptero ligeiro da frota do Estado que caiu na passada segunda-feira em Lamoso, no concelho de Paços de Ferreira, já foi substituído por uma aeronave do mesmo tipo, um Ecureil B3, que se encontra operacional desde terça-feira ao fim da tarde no Centro de Meios Aéreos de Baltar.

A informação é da Heliportugal, a empresa que estava a operar o aparelho, tendo sido confirmada pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA).

O helicóptero que caiu num lago só foi retirado da água esta quarta-feira, já que se encontrava a uma profundidade de 30 metros, o que dificultou as operações de resgate. “O aparelho apresenta danos substanciais. Agora será levado para o nosso hangar de investigação em Viseu”, adiantou ao PÚBLICO o director do GPIAA, Álvaro Neves.

O responsável diz que neste momento não é possível apontar nenhuma explicação para o acidente, acrescentando que a investigação demorará alguns meses.

A Heliportugal, com base em informações transmitidas pelo piloto (que saiu ileso do acidente), diz que “não existiu falha técnica”  na aeronave que possui 1836 horas de voo. Quanto ao comandante do aparelho, a empresa adianta que este “tem 37 anos, cerca de 1500 horas de experiência de voo e esta já é a 5.ª campanha de fogos em que participa”. O piloto chegou a ser observado por prevenção no hospital de Penafiel, tendo tido alta ao fim da tarde de segunda-feira.

O helicóptero caiu quando estava a abastecer-se de água para ajudar a combater um incêndio nas proximidades. Após o aparelho embater na água, o piloto conseguiu sair da aeronave e nadar até à margem. "Depois de ter largado a brigada helitransportada no teatro de operações, [o helicóptero] deslocou-se ao ponto de água mais próximo da ocorrência – Lugar de Brigadeiros, tendo sofrido um acidente", adiantou a Autoridade Nacional de Protecção Civil no dia do acidente.

A frota do Estado era inicialmente composta por seis helicópteros pesados e quatro ligeiros, incluindo este aparelho. Desde Novembro de 2007, após um acidente que destruiu um dos Ecureil B3 e causou a morte ao piloto, que a frota ficou reduzida a três aeronaves ligeiras. 

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