"Grande maioria" das escolas encerradas devido à greve

Foto
Os resultados do teste intermédio de Matemática estão a assustar os alunos Enric Vives-Rubio

A greve dos trabalhadores não docentes levou esta sexta-feira ao encerramento da “grande maioria das escolas” do distrito do Porto, disse Lurdes Ribeiro, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. No resto do país várias centenas de escolas deverão estar fechadas, aponta Artur Sequeira, da mesma federação.

“Ainda estamos a reunir informação pelo país. Ainda é cedo para avançar com números, mas as nossas estimativas são boas. Centenas de escolas estão fechadas hoje por todo o país”, disse o coordenador de educação da Federação, Artur Sequeira.

“A grande maioria das escolas, pelo menos aqui no distrito do Porto, mas acredito que em Braga, por exemplo, aconteça a mesma coisa, vão estar encerradas, ou então com imensas dificuldades em trabalhar”, afirmou Lurdes Ribeiro.

Apesar de ainda ser “cedo” para avançar com números concretos de adesão, a dirigente do Porto referiu que “os trabalhadores estão a aderir em massa, até porque se identificam por completo com as revindicações, essencialmente com a que se relaciona com a falta de pessoal. Faltam cerca de seis mil trabalhadores a nível nacional”.

“Temos no Grande Porto imensas escolas encerradas”, sublinhou, referindo como exemplos, Fontes Pereira de Melo, Clara de Resende, agrupamento do Cerco, Ramalho Ortigão, Pires de Lima, Miragaia, Soares do Reis, António Sérgio, Santa Marinha, em Vila Nova de Gaia, Senhora da Hora, Padrão da Légua, em Matosinhos, e “muitas outras” no interior do distrito.

Em Lisboa estão fechadas pelo menos as escolas básicas e secundárias Passos Manuel, Eugénia dos Santos, Francisco Arruda, Padre António Vieira, Fernando Pessoa e Marquesa de Alorna. “Em algumas escolas ainda estamos a confirmar se estão encerradas ou não, mas o número será superior a uma dezena em Lisboa”, disse, remetendo para mais tarde dados “fidedignos” de adesão à paralisação.

Os trabalhadores exigem a abertura de concursos para integrar funcionários que se encontram a exercer funções com carácter permanente e reclamam a valorização da carreira e da tabela salarial.

Os sindicatos denunciam que, paralelamente, são recrutados funcionários sem experiência de trabalho com crianças a 3,20 euros à hora, estando o sector a ser suportado por “milhares de trabalhadores precários”.

Os representantes dos trabalhadores pretendem negociar com o Governo e se as reivindicações não forem atendidas equacionam novas formas de luta, que poderão passar por outra greve, uma grande manifestação ou outras iniciativas.

Sugerir correcção
Comentar