Governo vai criar 20 novas equipas de sapadores florestais por ano até 2020

Anunciado Programa Nacional de Fogo Controlado e investimento de 8,4 milhões de euros para a plano de prevenção de incêndios na Peneda-Gerês.

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Apoio do Estado a equipas de sapadores vai passar para 40 mil euros/ano. NELSON GARRIDO / PUBLICO

O Governo vai criar 20 novas equipas de sapadores florestais por ano até 2020, anunciou nesta quinta-feira o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos, que adiantou que já no próximo ano vão ser reequipadas 44 das 258 equipas existentes.  

“São equipas que foram instaladas há 15 anos e cujo equipamento se encontra em fim de vida”, justificou o ministro.

Estas equipas, formadas por cinco trabalhadores especializados na prevenção dos incêndios florestais que trabalham na floresta com motosserras e ferramentas manuais, foram criadas por um decreto-lei de 1999. Em 2006, decidiu-se que, como contrapartida dos 35 mil euros pagos anualmente pelo Estado a cada equipa – que pertencem às associações de produtores florestais, aos organismos que gerem baldios e às autarquias – os sapadores florestais prestavam seis meses de serviço público. A maior parte desse serviço é prestado no Verão na vigilância das florestas e na primeira intervenção aos fogos.

O ministro anunciou igualmente que o apoio do Estado a estas equipas vai passar para 40 mil euros e destacou que estas novidades implicam “um esforço financeiro considerável”.

O governo aprovou ainda um Programa Nacional de Fogo Controlado, uma técnica que pretende manter a carga de combustível florestal abaixo dos níveis críticos, tentando evitar os grandes incêndios de Verão através de queimas estratégicas e pouco intensas no Inverno.

Foi ainda anunciado um investimento de 8,4 milhões de euros para o Parque Nacional da Peneda-Gerês, num plano-piloto de prevenção de incêndios florestais e de valorização e recuperação de habitats naturais. Este ano até meados de Agosto arderam perto de sete mil hectares no único parque nacional do país, tendo o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, reconhecido que cerca de metade dessa área ardida estava "em zonas de protecção ambiental mais elevada”.  

Capoulas Santos disse que o Governo está a estudar novos instrumentos de vigilância aérea para detectar incêndios e está a avaliar a possibilidade dos meios aéreos do Estado usados no combate aos fogos e noutras missões de protecção civil passarem a ser operados pela Força Aérea. O Estado entregou em meados do ano passado a operação e manutenção das aeronaves a uma empresa privada, a Everjets, por um período de quatro anos. Um prazo que vincula o Estado e que o Governo pretende respeitar. 

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