Governo tem “em curso ou prestes a iniciar-se” projectos para mais 52 esquadras

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A PSP é a entidade que mais pessoas vai absorver, o que irá permitir libertar agentes de tarefas administrativas Enric Vives-Rubio

O secretário de Estado Adjunto da Ministra da Administração Interna disse nesta terça-feira, em Santo Tirso, que desde o início da actual legislatura foram concluídas instalações para 35 esquadras, estando "em curso ou prestes a iniciar-se" trabalhos para mais 52.

Fernando Alexandre falava durante a inauguração das novas instalações da PSP de Santo Tirso, distrito do Porto, tendo descrito que encontrou "autênticos pardieiros" quando deu início ao plano de restruturação dos espaços das forças de segurança.

"Pode-se não gostar do termo, mas a verdade é que existem esquadras de milhões de euros a conviver ao lado, a poucos metros, com autênticos pardieiros (…). É preciso identificar as necessidades e decidir bem", referiu.

Fernando Alexandre apontou que o investimento alocado a este plano ronda os 60 milhões de euros, o que significa uma média de 700 mil euros por instalação, vincando que quando chegou ao ministério "os preços de referência eram de quase o dobro".

Já à margem da sessão, Fernando Alexandre disse que tanto no Comando Metropolitano de Lisboa, como no do Porto existia um número "muito pulverizado de esquadras".

"Não acrescentavam segurança aos cidadãos e acabam por resultar numa dispersão de meios que não ficam disponíveis", afirmou, procurando frisar que o processo de fecho de esquadras "está a ser feito de forma conjugada com a abertura de outras instalações".

Segundo Fernando Alexandre, até à data fecharam 11 esquadras no Porto e seis em Lisboa. Relativamente ao Porto, o governante disse com esta reorganização foi possível colocar "mais de 400 polícias no patrulhamento" que antes estavam "fechados" sem poder intervir.

Durante a sua intervenção, o secretário de Estado avançou que estão em projecto, fase de finalização de instalação ou alargamento/ampliação, no que se refere ao Porto, as esquadras de Cedofeita, rua Júlio Dinis e rua António Carneiro, bem como, Matosinhos e numa freguesia deste concelho, S. Mamede de Infesta.

Questionado, também à margem da cerimónia, sobre se o ministério prevê fechar mais esquadras, Fernando Alexandre preferiu vincar que "as reformas são um trabalho que tem de se ir fazendo" e acrescentou que "os dispositivos não ficam imutáveis”.

Sobre as exigências tanto da PSP como da GNR de que sejam integrados mais efectivos, o governante garantiu que existe "efectivo suficiente", embora compreenda que "para quem está no terreno ele é sempre curto".

Nas instalações inauguradas hoje em Santo Tirso, que servirão mais de 24 mil habitantes, ao longo de cerca de 26 quilómetros quadrados, vão trabalhar 50 operacionais, mas o presidente da câmara local, Joaquim Couto, aproveitou para pedir ao Governo que "alargue o âmbito de competências da esquadra".

O autarca defendeu que as novas instalações - que resultam da reconversão e reabilitação da antiga cadeia municipal, localizada em S. Bento da Batalha, num investimento de perto de um milhão de euros - "têm condições" para "quem sabe estar ao dispor de municípios vizinhos".

Aos jornalistas, em resposta ao repto de Joaquim Couto, o secretário de Estado disse que "essa é uma situação que a PSP deverá avaliar e propor à tutela".

 

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