Governo estuda compra da vacina BCG a fornecedor asiático

Ministério da Saúde ainda está a estudar a qualidade da vacina. Em causa estão problemas com o actual fornecedor da Dinamarca.

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As autoridades dizem que não há "nexo de causalidade entre a reacção e a administração das duas vacinas" Eva Carasol/ Arquivo

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse nesta segunda-feira, em Coimbra, que o Governo está a verificar se há condições, em termos de qualidade, de passar a comprar a vacina contra a tuberculose, conhecida como BCG, a um fornecedor asiático. A decisão surge depois de várias interrupções do fornecedor dinamarquês.

O fornecimento da vacina BCG está suspenso nos hospitais e centros de saúde desde Maio, sendo que o Governo está a avaliar "as condições, em termos de qualidade", de um segundo fornecedor, este asiático, depois de se ter verificado um problema de produção da vacina no único laboratório que fabrica para a Europa, referiu Paulo Macedo.

Segundo o ministro da Saúde, a situação está "dependente do fornecedor". A única vacina BCG que está autorizada em Portugal, e na maioria dos países europeus, é produzida por um laboratório público da Dinamarca, mas, nos últimos anos, o fornecimento da vacina tem sofrido interrupções de duração variável. Ainda assim, Paulo Macedo garantiu que as crianças não estão a ser "prejudicadas por não serem vacinadas neste período de tempo".

O ministro falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). No Hospital Pediátrico, o ministro assistiu à inauguração da "smart classroom", uma sala de aula inteligente. A sala, que resulta de uma parceria entre a Samsung e o CHUC, vai permitir dar resposta à garantia de continuidade do processo de ensino das crianças em idade escolar que estão internadas no Pediátrico de Coimbra. O espaço, equipado com tablets e um ecrã, permite aproximar o doente do ensino, através da participação remota nas actividades escolares, com recurso a tecnologias de informação.

A funcionar no início do ano lectivo 2015/2016, a sala inteligente permite assistir a aulas "em tempo real", numa medida que deve abranger cerca de 150 alunos que passam pela área de ensino do Pediátrico, sublinhou. Esta é uma das cinco salas a instalar no país. Até ao momento, já foram inauguradas as salas inteligentes no Hospital de São João, no Porto, e no CHUC, em Coimbra, estando previstas a abertura de duas salas em Lisboa e uma em Faro.

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