Governo cria grupo para dinamizar o turismo termal

Plano para dinamizar esta actividade deve ser conhecido até ao final de Fevereiro.

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O sector dá emprego a 3500 pessoas Adriano Miranda

Apesar da inovação que as termas têm feito nos últimos anos, os indicadores do turismo nesta área têm vindo a cair desde 2011. O Governo acredita no potencial das termas e, por isso, quer dinamizar o sector. Para isso, foi criado um grupo de trabalho para identificar os constrangimentos do turismo termal e que tem como missão apresentar, até ao final de Fevereiro, um plano para dinamizar esta actividade turística.

O grupo foi criado na passada terça-feira, por despacho do Governo, publicado em Diário da República, mas este mesmo diploma adiou em um mês a data limite de entrega do relatório final que vai ser elaborado pelo grupo de trabalho e que, 20 dias antes, também por despacho publicado, esteve agendado para 31 de Janeiro. Os dois despachos, de 9 e de 29 de Novembro, são praticamente iguais, sendo as únicas diferenças o adiamento por quase um mês da data de entrega do referido relatório e a composição do grupo de trabalho.

No primeiro despacho, que acabou substituído pelo despacho de 29 de Novembro, o Governo incluía apenas quatro representantes no grupo de trabalho: o Instituto de Turismo, a Ordem dos Médicos, a Associação Nacional de Municípios e a Associação das Termas Portugal.

No segundo despacho, o único actualmente em vigor, o Governo acrescentou um quinto representante ao grupo de trabalho, oriundo da Direcção-Geral de Energia e Geologia, sendo por isso o secretário de Estado da Energia também chamado a assinar o despacho, além dos seus homólogos das pastas da Saúde, Comércio e Turismo.

No diploma, o Governo lembra que a implementação de programas de combate à sazonalidade, através da dinamização de produtos turísticos específicos, nomeadamente o turismo de saúde, é uma prioridade para o turismo, entre outras.

Em Portugal, apesar da ligeira melhoria nos resultados de 2015, o turismo termal tem registado indicadores decrescentes desde 2011. "Para contrariar essa tendência, importa fazer uma avaliação do impacto económico da actividade termal e identificar constrangimentos e instrumentos que permitam dinamizar esta actividade", justifica o executivo.

O Ministério da Economia, num comunicado distribuído nesta sexta-feira para divulgar a criação do grupo de trabalho, e no qual omite a alteração da sua composição e da data de entrega do relatório, afirma que existem neste momento 40 termas em funcionamento em Portugal, que foram responsáveis por cerca de 420 mil dias de tratamentos termais no ano passado e que empregam directa e indirectamente cerca de 3500 pessoas.

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