Mais de 300 militares da GNR apreendem viaturas e ouro no valor de 44 milhões

Unidade de Acção Fiscal fez buscas em casas e em escritórios de advogados

A GNR constituiu 30 arguidos e apreendeu 1449 viaturas, 70 peças em ouro e outros objectos, num valor total estimado de 44 milhões de euros, durante uma operação efectuada no âmbito de uma investigação relacionada com a compra e venda de automóveis. Indiciados pelos crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, entre outros, os arguidos ficaram em liberdade, sujeitos a termo de identidade e residência, adiantou este domingo a GNR em comunicado.

Foi uma das maiores apreensões de viaturas de que há memória na GNR, cuja Unidade de Acção Fiscal levou a cabo 91 buscas, três das quais a escritórios de advogados e outras três a gabinetes de técnicos oficiais de contas.

Em investigação está “um grupo de cerca de 30 pessoas singulares e 70 pessoas colectivas”, que, desde 2013,  tem vindo “a desenvolver a actividade de compra e venda de viaturas penhoradas, de viaturas com pedidos de apreensão activos e/ou fazendo parte de massa insolvente de sociedades terceiras”, explica a GNR.

Esta actividade terá sido exercida “com o objectivo da subtracção indevida das viaturas à garantia do pagamento de dívidas aos credores” e algumas das viaturas “poderão ter tido como destino o mercado africano e o mercado sul-americano”, acrescenta.

Com o nome “Medusa”, a operação foi realizada entre quarta e sexta-feira nos distritos de Lisboa, Santarém, Setúbal e Faro. Levada a cabo por uma equipa multidisciplinar, envolveu, além de 339 militares da GNR, 48 inspectores da Autoridade Tributária e Aduaneira e quatro magistrados judiciais, que participaram nas buscas.  

Além das viaturas (1399 pesadas e 50 ligeiras), foram apreendidos milhares de documentos, “quatro armas de fogo, 70 peças em ouro, 20 computadores, 44 telemóveis, 10 tablets e 50 relógios”, especifica a GNR.

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