Fenprof: professores alargam pré-aviso de greve como medida “cautelar”

Mário Nogueira quer voltar a negociar com Nuno Crato.

Foto
Mário Nogueira Nuno Ferreira Santos

A Fenprof entregou nesta quinta-feira o pré-aviso de greve às avaliações até 28 de Junho, alargando por mais uma semana o período de paralisação dos docentes. A medida é “cautelar”, esclarece o líder da estrutura sindical, Mário Nogueira, e uma decisão definitiva sobre o prolongamento do protesto só será tomada no final da próxima semana.

Terça e quarta-feira, a Fenprof vai fazer circular entre os professores questionários sobre as formas de protestos que estão a ser seguidas. Dentro de uma semana, no dia 21, serão realizados plenários de docentes em todas as capitais de distrito. Só depois disso é que os sindicatos decidem se mantêm ou não a greve às avaliações. Mas para que a paralisação seja possível, o pré-aviso teria que feito agora, explica Mário Nogueira.

“Amanhã [sexta-feira] acaba o prazo para o pré-aviso e quisemos abrir já esta possibilidade, porque ainda não sabemos qual será a resposta do Governo ao pedido de negociação suplementar que fizemos”, esclarece o dirigente da Fenprof. Mário Nogueira classifica como “cautelar” e “formal” a decisão tomada nesta quinta-feira.

O novo pré-aviso de greve da Fenprof é válido para a semana entre 24 de 28 de Junho. O período anterior termina no dia 21. A FNE ainda não se pronunciou sobre esta decisão.

Entretanto, o Ministério da Educação já entregou junto do Tribunal Central Administrativo o recurso por causa da decisão do colégio arbitral de não estabelecer serviços mínimos para a greve dos professores, marcada para segunda-feira, dia do exame nacional de Português do secundário.

Ao final do dia de quarta-feira, a Fenprof anunciou que ia requerer a reabertura do processo negocial com a tutela, mas só nesta sexta-feira vai formalizar o pedido. Durante o dia de ontem, também a FNE demonstrou interesse na negociação suplementar. O Ministério da Educação e Ciência avança que ainda não recebeu qualquer pedido oficial de nova ronda negocial com os sindicados, não se pronunciando por isso sobre a situação.

Sugerir correcção
Comentar