FC Porto Media vai adquirir Porto Canal por sete milhões de euros

Negócio com a empresa catalã Mediapro está a ser ultimado. FC Porto Media quer abrir o capital social da televisão a grupos nortenhos, mas sem perder a maioria do capital e esta semana deu início a uma ronda de contactos com várias instituições da cidade e da região.

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Paulo Pimenta

A FC Porto Media vai comprar em Janeiro do próximo ano o Porto Canal. O negócio com a empresa espanhola Mediapro vai custar aproximadamente sete milhões de euros. Quatro milhões correspondem ao valor a pagar pela marca Porto Canal e os restantes três milhões de euros estão associados aos fornecimentos futuros ligados à produção a que o canal se terá comprometido.

Fonte ligado ao processo disse ao PÚBLICO que o negócio ainda não está fechado. Os três milhões de euros a pagar ao longo de três anos implicavam uma definição do conceito de televisão (grelha), a sua vocação e as verbas para comprar programas.

Os valores do negócio foram acertados entre os dois grupos em meados de 2011 quando foi assinado o contrato que transferia a gestão daquela estação de televisão para o FC Porto por um período de três anos e que estipulava que o clube nortenho poderia accionar em qualquer momento a opção de compra, que ficou definido. Por outro lado, o contrato fixava também que a Media Luso, o braço português da Mediapro, ficaria responsável por 60% da produção, após a compra da estação de televisão por parte do clube.

Dirigida desde Agosto passado por Manuel Tavares, ex-director do Jornal de Noticias, a FC Porto Media já informou a Entidade Reguladora para a Comunicação Social do atraso na compra do canal de televisão, uma vez que o contrato de gestão já terminou em meados deste ano, e dentro de pouco tempo a ERC será também informada do conceito de televisão que já está definido e que manterá a orientação generalista e informativa, onde cabe uma região (Norte) e uma marca (FC Porto).

“Nós queremos continuar a ser um canal da região e para a região. É uma frase política”, mas é nesta frase que se resume o novo ciclo do Porto Canal, disse ao PÚBLICO a mesma fonte.

Com um capital social de quatro milhões de euros, a Porto Media quer abrir até 45% o capital social do canal a grupos nortenhos. Foi nesse sentido que, esta semana, a FC Porto Media iniciou uma ronda de contactos com várias associações empresariais, culturais e também académicas da região para numa fase posterior chegar à malha fina, ou seja, às empresas. Patrocinada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a reunião contou com a participação, dos reitores das universidades do Porto, Minho e Trás-os-Montes, Fundação Serralves, Associação Comercial do Porto, Associação Empresarial de Portugal, Administração dos Portos do Douro e Leixões, entre outras entidades. O presidente da CCDRN, Emídio Gomes, também marcou presença.

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