Quase 11 mil alunos despediram-se nesta segunda-feira da 1.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário. À prova de Geometria Descritiva compareceram 8542 (estavam inscritos 9342) e a de Literatura Portuguesa foi feita por 2458 (faltaram 116). Ao contrário de anos anteriores, esta primeira temporada de exames decorreu sem incidentes relacionados com o tipo de perguntas propostas aos cerca de 160 mil alunos que se inscreveram para a realizá-los.

Quem chumbar ou quiser subir as notas, que serão conhecidas a 13 de Julho, poderá voltar a tentar na 2.ª fase, que arranca seis dias depois. Pelos pareceres divulgados pelas associações de professores da disciplina, prevê-se que, por ter sido mais difícil e por a prova ser muito extensa, a média do exame de Matemática A desça por comparação com o resultado de 2015 (12 numa escala de 0 a 20 valores), que foi também um dos melhores dos últimos anos.

Também a Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia (APPBG) se mostra apreensiva em relação ao exame desta disciplina, realizado no passado dia 22. Os alunos acharam-no mais fácil do que o de 2015, onde a média se ficou por 8,9 valores, mas num parecer divulgado na última sexta-feira a associação frisa que existiu “um desequilíbrio no grau de dificuldade entre as componentes de Biologia e de Geologia”, acrescentando que o conjunto de itens correspondente à primeira “é mais complexo”.

A APPBG aponta cinco itens de diferentes grupos que poderiam “originar constrangimentos na correcta interpretação e resolução por parte dos examinandos”. São eles o item 1 do Grupo I; o 1 e 8 do Grupo II (que, no conjunto, é classificado como “muito trabalhoso”); e a questão 9 do Grupo III e IV.

A seguir a Português, que é obrigatório para todos os alunos do 12.º ano, Biologia e Geologia é o segundo exame mais concorrido do secundário, por ser um dos que é exigido como prova de ingresso nos cursos da área da saúde. Este ano estavam inscritos para realizá-la cerca de 52 mil alunos. Compareceram 48.408.