Estudo vai avaliar dor sexual nas portuguesas

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Foto: Nélson Garrido

A relação entre a dor sexual e o perfil psicossocial das mulheres portuguesas vai ser avaliada por um estudo da Universidade de Aveiro. Uma investigação pioneira no país, que pretende “ajudar a quebrar um tabu” e, a longo prazo, traçar um plano de tratamento.

Em análise vão estar variáveis como a auto-estima sexual, o relacionamento com o parceiro e as crenças e afectos, que podem ser determinantes para a compreensão deste tipo de dor. Quem o diz é Cátia Oliveira, psicóloga e terapeuta sexual responsável pela investigação, que vem explorar uma área de estudos que, assegurou ao PÚBLICO, tem sérias limitações. Especialmente em Portugal, mas também a nível internacional, onde, diz Cátia, não há respostas quanto a métodos de tratamento.

Para a investigadora, há primeiro que “perceber o que está a faltar” para, no futuro, agir no sentido do tratamento. Por agora, a dor sexual tem ainda de ser desmistificada, adianta Cátia Oliveira, uma vez que “a maior parte das mulheres não procura ajuda”, resignando-se com a dor.

O que resulta no desconhecimento generalizado do problema, esclarece a terapeuta. Daí que o objectivo seja inferir se será uma dor mais próxima de algo crónico ou da disfunção sexual, ou ainda se, pelo contrário, se tratará de uma dor distinta. Para o efeito, pede-se a colaboração de mulheres entre os 18 e os 75 anos nos inquéritos, disponíveis no site da Unidade Laboratorial de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab) da Universidade de Aveiro.

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