Estudantes de Coimbra exigem congelamento do valor da propina

A Associação Académica de Coimbra (AAC) exigiu nesta terça-feira o congelamento do valor da propina na Universidade de Coimbra, que será discutido em Conselho Geral a 7 de Julho.

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Alguns estudantes invadiram o edifício da reitoria da Universidade de Coimbra Carla Carvalho Tomás

"Apesar de o valor proposto ter uma actualização de dois ou três euros, este é mais um aumento", frisou Bruno Matias, presidente da AAC, recordando que nos últimos 10 anos o valor da propina na Universidade de Coimbra (UC) aumentou mais de 200 euros e que se observou uma subida de "cerca de 35% das taxas e emolumentos" nos últimos quatro anos.

A AAC publicou uma carta aberta relativa ao novo aumento de propinas, de forma a "sensibilizar os estudantes para o impacto do aumento das propinas", explicou Bruno Matias.

O presidente da AAC referiu ainda que, no futuro, caso a Universidade do Porto "continue a congelar o valor da propina como o tem feito", poderá registar-se uma diferença de cerca de "cem euros" nas propinas das duas instituições.

Bruno Matias salientou que, ao mesmo tempo que há um aumento de propinas, "não há um aumento da qualidade dos serviços da UC".

"A Universidade não pode ir buscar aos estudantes aquilo que o Estado lhe corta em financiamento", disse à agência Lusa Bruno Matias, referindo que a AAC vai enviar a carta aberta a todos os membros do Conselho Geral e encetar "um contacto directo" com os mesmos, com vista a apresentar "as preocupações dos estudantes".

O presidente da AAC mostrou-se "confiante" de que o valor da propina seja congelado.

"Não podemos aceitar este aumento da propina e consideramos que é altura de, uma vez por todas, a Universidade se colocar ao lado daqueles que estão sempre na linha da frente na defesa da instituição", refere a carta aberta dirigida aos estudantes da UC.

A carta sublinha ainda que, "tal como em Novembro de 2012, em que a UC pediu a toda a comunidade estudantil que estivesse do seu lado contra os cortes impostos pelo Governo e em que os estudantes se mobilizaram, é hoje altura da instituição se mobilizar contra este aumento".

 

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