Escritório de contabilidade alvo de buscas por documentação falsa para imigrantes

Operação do SEF encontrou documentos e contratos de trabalho falsos usados para legalizar cidadãos estrangeiros. Uma pessoa foi constituída arguida.

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Na sequência das buscas uma mulher foi constituída arguida Paulo Pimenta

Um escritório de contabilidade na Amadora foi alvo de um mandado de busca pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) na quarta-feira, depois de terem sido detectados documentos e contratos falsos utilizados para a legalização de cidadãos estrangeiros no país.

 

O SEF avança em comunicado divulgado nesta quinta-feira que na origem da investigação esteve a “constatação de que um elevado número de cidadãos estrangeiros estavam a tentar regularizar a sua situação no país recorrendo a documentação de teor falso, designadamente contratos de trabalho".

Para a emissão dos contratos falsos foram utilizadas empresas, “na sua maioria criadas unicamente para este efeito”, acrescenta o SEF. Os documentos usados eram emitidos de forma fraudulenta pelo escritório de contabilidade alvo das buscas.

Na operação, que teve por objectivo recolher provas dos “crimes de auxílio à imigração ilegal, fraude fiscal e falsificação ou contrafacção de documentos”, foram apreendidos documentos relacionados com a legalização fraudulenta de cidadãos estrangeiros, material informático e dezenas de carimbos com timbre de diferentes empresas. A proprietária da empresa, uma mulher de nacionalidade portuguesa, foi constituída arguida.

“A troco de elevadas quantias em dinheiro”, sublinha o SEF, o escritório dedicava-se à prática de procuradoria ilícita e à venda da documentação necessária para que os cidadãos estrangeiros pudessem regularizar a sua situação em Portugal.

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