Enfermeiros manifestam-se no Porto e exigem fim da precariedade

Profissionais exigem conclusão do concurso lançado em 2010 pela ARS do Norte para integração de 566 enfermeiros nos quadros.

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Mais de uma centena de enfermeiros contratados manifestaram-se nesta terça-feira junto à sede da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, no Porto, onde entregaram uma moção exigindo o fim do trabalho precário e a conclusão do concurso de 2010.

 

Em 2010, a ARS Norte abriu um concurso para 566 postos de trabalho que permitiria a regularização da situação dos enfermeiros, informa a moção do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) entregue na ARS do Norte.

“A ARS Norte abriu um concurso que permitia estabilizar todos estes enfermeiros e não dá andamento a este concurso por questões meramente jurídicas”, explicou o dirigente sindical Pedro Frias, referindo que os que ficarem de fora das vagas vão ser “despedidos”.

"ARS, escuta, nós estamos todos em luta!", "Enfermeiros são necessários e não excedentários!", "Contra a precariedade! Trabalho estável com direito!" ou “Se precisares de mais alguma coisa, chama!” foram algumas das frase de luta dos enfermeiros que marcaram para esta terça-feira um dia de greve, com uma manifestação pela cidade do Porto num autocarro panorâmico, e que culminou com um protesto em frente à ARS Norte.

Um dos motivos da greve dos enfermeiros é o concurso da ARS Norte que, de uma vez por todas, tem de ser “resolvido”, declarou à agência Lusa Pedro Frias, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), alertando que há profissionais de enfermagem “há mais de dez anos com contratos a prazo”.

A ARS Norte recebeu o documento dos enfermeiros e informou que ia “cumprir os compromissos assumidos” com os trabalhadores na última reunião, anunciou, depois de se reunir com a ARS, Fátima Monteiro, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. “Vamos monitorizar os compromissos assumidos […] na última reunião” e “os enfermeiros contratados vão reflectir e, se necessário, irão “encetar formas de luta”, avisou Fátima Monteiro, à saída do encontro.

Os enfermeiros assumem que “não vão baixar os braços e que vão exigir à ARS do Norte a tomada de medidas que os estabilize definitivamente”, acrescentou o dirigente sindical Pedro Frias.

“Desenvolvimento/conclusão do concurso de imediato”, “reposicionamento imediato dos enfermeiros contratados nos 1201 euros”, “prorrogação dos contratos a todos os enfermeiros que possam ficar fora das vagas do concurso e a “abertura do concurso para 210 postos de trabalho com critérios claros” foram as principais reivindicações dos enfermeiros contratados.

A moção dos enfermeiros também vai ser levada à Assembleia da República pelo grupo parlamentar do PCP, conforme anunciou também nesta terça-feira o deputado comunista António Machado, que participou na manifestação dos enfermeiros no Porto.

 

 
 

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